• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Investimentos

Cote Gil sobre crédito privado: ‘O risco nem sempre justifica o retorno’

Diretor da Julius Baer diz que crédito privado é coisa para profissionais

Por Thiago Lasco

25/08/2020 | 13:54 Atualização: 30/12/2020 | 10:20

Jean-Pierre Cote Gil, head de crédito do Julius Baer Family Office (Foto: divulgação)
Jean-Pierre Cote Gil, head de crédito do Julius Baer Family Office (Foto: divulgação)

No estreito horizonte de rentabilidade dos investimentos, o crédito privado parece ser a bola da vez. O investidor começa a aceitar que correr mais risco será um mal inevitável e emprestar dinheiro para empresas pode dar um retorno mais interessante. Mas essa não é uma seara para principiantes.

Leia mais:
  • Como responder um questionário pode salvar a pele do investidor
  • ‘Juro baixo tira o dinheiro dos rentistas e leva para as empresas’, diz Valora
Newsletter

Não perca as nossas newsletters!

Selecione a(s) news(s) que deseja receber:

Estou de acordo com a Política de Privacidade do Estadão, com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Para Jean-Pierre Cote Gil, diretor de crédito do Julius Baer Family Office, o universo de crédito privado é muito vasto e não é fácil conhecê-lo bem o suficiente para fazer um investimento seguro. Até estatais como a Petrobras oferecem riscos. Por isso, ele aconselha que o investidor procure um gestor especializado.

“O crédito é um negócio assimétrico: você tem tudo a perder, todo o dinheiro que está emprestando, para ganhar um spread adicional lá na frente”, diz. “Como há uma dificuldade de prever o futuro, se apostar todas as fichas em uma ou poucas empresas e errar o diagnóstico, sua perda potencial será muito grande.”

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Cote Gil fala com propriedade sobre o assunto. Ao longo de sua trajetória, que incluiu passagens por GPS, Western Asset e a agência Standard & Poor’s, ele se tornou um dos maiores especialistas em ativos de crédito no País. Em entrevista ao E-Investidor, ele comenta sobre as oportunidades do crédito privado hoje e os cuidados que o investidor deve ter na formação da carteira.

Confira os principais trechos da conversa:

E-Investidor – Como a pandemia afetou a vida das empresas que precisam tomar crédito?

Jean-Pierre Cote Gil – Grandes empresas com acesso ao mercado de capital vivem uma realidade diferente das pequenas e médias. E há setores que foram mais e menos impactados. As grandes empresas que foram beneficiadas por ações de governos e bancos conseguiram se organizar de forma relativamente tranquila. Isso inclui até negócios que tiveram impacto direto e ficaram fechados, mas que tinham acesso a mercados de bolsa e puderam fazer follow ons. Houve tanto incentivo e estímulo, incluindo a própria queda da taxa Selic, que eles conseguiram se virar, levantar recursos e negociar com credores. Foi uma surpresa até positiva.

Publicidade

Já em relação às pequenas e médias empresas, ainda não veio o final do ajuste negativo. Foi dado auxílio em crédito para a pessoa física, por meio de vouchers, empresas tiveram carência para pagar dívidas atrasadas mais adiante. Isso deu uma sobrevida a esses indivíduos e empresas, mas não necessariamente será suficiente para salvá-los de um default. Precisamos ver qual será o impacto final quando esses auxílios forem removidos.

Sobre a retomada, a sensação que temos é que o mercado que precifica a dívida, de debêntures, até mesmo de Bolsa, teve um movimento em “V”, uma recuperação muito forte. A economia não chegou lá, mas o mercado já se antecipou e colocou isso no preço. Muito do que foi perdido já voltou, enquanto a economia ainda engatinha na recuperação. Agora resta ver se a retomada ocorrerá em velocidade suficiente para justificar os preços dos ativos.

O Banco Central anunciou no primeiro semestre que iria comprar debêntures de empresas e revender no mercado secundário, para prestar socorro financeiro a empresas com dificuldade e injetar liquidez no mercado de capitais. Como você avalia essa ideia?

Isso saiu do papel, foi objeto de norma do BC. O que não notamos na prática foi a atuação do BC em si. Isso dependia de aprovação de um projeto de lei, que acabou demorando, e o mercado correu na frente. No momento mais agudo da crise, tivemos papéis de bons emissores que ficaram com taxas de retorno tão interessantes, que até veículos que nem olhavam para crédito, como fundos multimercado e até de renda variável, passaram a olhar para eles.

Publicidade

Aqui na casa, vimos muitos emissores que, mesmo tendo sofrido com a crise, ainda tinham capacidade de absorver o seu impacto, ou nem tiveram impacto direto. E começamos a comprar no mercado secundário, alocando na carteira dos nossos clientes papéis de boa qualidade com retornos do CDI mais prêmios entre 3% e 5%.

Hoje ainda se encontram algumas taxas interessantes, mas o mercado arbitrou isso sozinho. Muitos gestores entraram no mercado, alguns deles indo contra a própria natureza, e tesourarias dos bancos também passaram a atuar, no secundário e até no primário. Então, bancos, tesourarias e gestores já acabaram atendendo a essa demanda, antes do BC começar a atuar. Por isso, talvez nem seja mais desejável que essa atuação aconteça. Não há a mesma necessidade de antes, e esse não é o principal papel que se espera do BC.

Para a pessoa física que vê no crédito privado uma possibilidade de investimento, o que esse tipo de ativo oferece de benefício em relação a outros produtos?

O primeiro fator que impulsiona o crédito privado é que não há mais uma alternativa flutuante de renda fixa pós-fixada que dê um retorno muito alto. Como não consegue mais emprestar para o governo com taxa boa, o investidor fica motivado a correr mais risco. O crédito privado oferece a ele uma alternativa de obter retorno superior ao do título público, mediante algumas condições: uma boa seleção de ativos (para quem você vai emprestar) e diversificação, que é muito importante.

Publicidade

Outro atrativo para o investidor é a possibilidade de construir portfólios fora daquilo que está arbitrado, ou seja, com ativos que não sejam aqueles disponíveis para todo mundo. Eles permitem conseguir um retorno maior. Mas é preciso selecionar bem.

Faz mais sentido o investidor comprar os títulos de dívida diretamente ou entrar em fundos de crédito, deixando essa escolha para um gestor?

Nem sempre a resposta certa para essa pergunta é terceirizar. Em linhas gerais, minha recomendação é que o cliente procure um gestor. O universo de crédito é muito diverso, com emissores e setores diferentes. O investidor pode se sentir mais confortável com nomes aos que está habituado, como os das estatais federais, mas mesmo nesses casos existem riscos. Vide o que ocorreu com a Petrobras durante a crise entre 2014 e 2016. Por isso, o ideal é buscar uma casa especializada.

Há também a questão das janelas de resgate. A liquidez do crédito no Brasil nunca esteve tão alta, mas, comparada com a de outros ativos negociados há mais tempo, ela ainda é baixa. Uma carteira de debêntures, CRIs e CRAs não tem liquidez relevante, ou o penalty que se paga para ter liquidez é muito alto. O pedágio a ser pago para a plataforma de investimentos para entrar e sair dos papéis vai abocanhar parte do retorno. Por isso, no caso da compra do ativo direto, eu diria que o investidor deve considerar o prazo e idealmente carregar até o vencimento.

Publicidade

Essa é uma das vantagens do fundo. O gestor consegue comprar e vender o papel sem pagar nenhum fee adicional. Então, parte do custo que ele impõe ao cliente, ele compensa dando liquidez, fazendo bons negócios no primário e no secundário.

Para quem escolhe comprar os títulos diretamente, quais os cuidados a se tomar na avaliação da empresa e dos riscos envolvidos, já que não há a proteção do FGC?

Quem decidir comprar os papéis diretamente deve fazer uma pesquisa por conta própria e estudar a empresa em que pretende investir. Algumas plataformas e casas especializadas fornecem relatórios de apoio. Se tiver algum conhecimento de contabilidade, também deve fazer uma leitura da situação financeira mais recente da empresa.

Mas para fazer isso é importante que a pessoa tenha conhecimento de causa e familiaridade com o assunto crédito. Se não, não é algo recomendado, é um risco desnecessário. O ideal é recorrer a uma consultoria de investimentos.

Publicidade

Vale a pena fugir das empresas grandes, mas que pagam menos, e apostar nos emissores high yield, que têm prêmios maiores?

Muitas vezes o crédito high yield é mal precificado. O retorno pode ser superior ao de uma Vale, mas, quando se analisa o risco que se vai correr, ele não justifica o retorno. Quando se olha a probabilidade de ocorrer um evento de crédito naquela empresa, pode não fazer sentido comprar um papel high yield.

Não basta considerar que a Vale está pagando 1% e o outro emissor está pagando 4% e achar que por isso o outro vale a pena. Não é uma decisão tão simples. Qual é a expectativa de evento de perda que eu tenho nessa carteira high yield com relação a uma carteira mais protegida? Será que o spread que está sendo colocado na mesa compensa?

O crédito é um negócio assimétrico: você tem tudo a perder, todo o dinheiro que está emprestando, para ganhar um spread adicional lá na frente. É muito difícil monitorar o retorno como um todo. Há tantas variáveis envolvidas que é muito difícil a pessoa física fazer isso por conta própria, tanto nos papéis high grade como nos high yield. E não falo isso para valorizar o nosso trabalho como gestores.

No caso dos fundos, mesmo sabendo que haverá um gestor para fazer a seleção dos papéis, vale a pena diversificar e dividir os aportes em vários fundos diferentes, para mitigar ainda mais o risco e ampliar a chance de retorno?

Sim, em geral isso faz sentido, mas com alguns cuidados. A primeira questão é: qual é a diferença que existe na prática entre esses vários fundos de crédito? O gestor está fazendo alguma coisa diferente, olhando para algum segmento de crédito que o mercado não olha, como bonds lá fora? Caso contrário, você pode não estar diversificando de fato sua carteira. Isso também vale para fundos multimercado e de renda variável. É preciso comparar os estilos de gestão e tentar identificar os gestores que constroem carteiras descorrelacionadas.

Outra questão relevante é o passivo, quem mais está investindo ali. Se o fundo está muito pulverizado entre investidores de varejo, muito disseminado nas plataformas, com pouco investidor com visão de longo prazo e uma janela muito curta para o resgate, você está se expondo a uma situação em que terá de resgatar seu dinheiro rápido, para não ser o último da fila e deixar de recuperar as perdas.

A diversificação de gestores é importante, mas o investidor também deve analisar qual estratégia de crédito combina mais com o perfil dele, o que ele está buscando de retorno e quanto ele está disposto a ter de volatilidade, qual o estômago que ele tem de verdade.

O que você enxerga de mais interessante no cenário de investimentos hoje? Onde estão as melhores oportunidades, com a Selic tão baixa?

A renda fixa continua oferecendo um retorno interessante ajustado pelo risco. Na comparação com os títulos públicos federais, a renda fixa inflação com crédito privado paga um retorno melhor. Enquanto as NTN-b mais longas têm volatilidade semelhante à da Bolsa, no crédito privado há papéis com isenção de IR e vencimento até cinco anos, pagando a variação do IPCA, mais um cupom de 4% ou 5%.

Na parte de fundos imobiliários, tem muita coisa interessante no mercado secundário que está um pouco largada. Alguns fundos de renda e de tijolo que apanharam na crise, edifícios corporativos, que naturalmente estão sob ataque com a desocupação de lajes. Ele estão bem descontados, com oportunidades de compra interessantes no mercado. Na renda variável, estamos olhando para uma diversificação maior fora do Brasil, fora da B3. Essa tem sido outra fonte de alocação na carteira dos nossos clientes.

Há ainda a parte de investimentos privados, ativos que envolvem private equity, participação em empresas que desenvolvem infraestrutura. Elas têm nível de retorno esperado muito superior. São ativos ilíquidos, você faz um investimento hoje com um prazo de maturação e saída, são fundos fechados com prazos longos, mas o retorno é bem interessante.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Conteúdo E-Investidor
  • Crédito privado
  • Fundos de crédito privado
  • Investimentos
  • Taxa Selic
Cotações
11/12/2025 11h09 (delay 15min)
Câmbio
11/12/2025 11h09 (delay 15min)

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    XP e BTG devem responder por venda de CDB do Master?

  • 2

    Gerdau: como tarifas dos EUA e o aço chinês estão afetando a siderúrgica brasileira

  • 3

    Copom segura Selic a 15%: onde investir agora e como se preparar para o possível corte de juros em 2026

  • 4

    Ele comprou apartamento à vista, mas imóvel vai a leilão; o caso que acende alerta para quem compra na planta

  • 5

    Mega da Virada pode chegar a R$ 1 bilhão: entenda a regra que turbina o prêmio de 2025

Publicidade

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Bolsa Família: dá para consultar calendário de pagamento no aplicativo?
Logo E-Investidor
Bolsa Família: dá para consultar calendário de pagamento no aplicativo?
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: veja passo a passo simples de como fazer bolão
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: veja passo a passo simples de como fazer bolão
Imagem principal sobre o Metrô de São Paulo 24h: saiba se bilheterias irão funcionar de madrugada
Logo E-Investidor
Metrô de São Paulo 24h: saiba se bilheterias irão funcionar de madrugada
Imagem principal sobre o Bolsa Família: veja final do NIS que recebe hoje (11/12)
Logo E-Investidor
Bolsa Família: veja final do NIS que recebe hoje (11/12)
Imagem principal sobre o 13º salário: trabalhador rural também recebe benefício? Entenda
Logo E-Investidor
13º salário: trabalhador rural também recebe benefício? Entenda
Imagem principal sobre o Loteria Federal: confira o valor do prêmio do sorteio especial de Natal
Logo E-Investidor
Loteria Federal: confira o valor do prêmio do sorteio especial de Natal
Imagem principal sobre o Resultado da Quina 6899: HORÁRIO DIFERENTE HOJE (10); veja quando será o sorteio
Logo E-Investidor
Resultado da Quina 6899: HORÁRIO DIFERENTE HOJE (10); veja quando será o sorteio
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: até que horas é permitido fazer bolão nos R$ 850 milhões?
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: até que horas é permitido fazer bolão nos R$ 850 milhões?
Últimas:
Resultado da Lotofácil 3559: AGORA ACUMULOU! Prêmio sobe para R$ 10 milhões
Loterias
Resultado da Lotofácil 3559: AGORA ACUMULOU! Prêmio sobe para R$ 10 milhões

O evento aconteceu na última quarta-feira (10), no Espaço da Sorte, em São Paulo (SP), por volta das 21h

11/12/2025 | 11h06 | Por Jéssica Anjos
Resultado da Quina 6899: DESSA VEZ ACUMULOU! Prêmio sobe para R$ 1,3 milhão
Loterias
Resultado da Quina 6899: DESSA VEZ ACUMULOU! Prêmio sobe para R$ 1,3 milhão

A edição estava com o prêmio principal estimado em R$ 600 mil para quem acertasse todas as dezenas sorteadas

11/12/2025 | 10h27 | Por Jéssica Anjos
Quem não pode voltar à sua função no trabalho é aposentado automaticamente?
Radar da Imprensa
Quem não pode voltar à sua função no trabalho é aposentado automaticamente?

Veja como funciona a avaliação se o profissional consegue ou não retornar ao mercado de trabalho

11/12/2025 | 10h21 | Por Jéssica Anjos
A estratégia da Manchester Investimentos para chegar a R$ 100 bilhões sob custódia
Direto da Faria Lima
A estratégia da Manchester Investimentos para chegar a R$ 100 bilhões sob custódia

Escritório mira expansão por meio de aquisições e projeta atingir marca em até 10 anos; casa tem hoje R$ 23 bilhões sob custódia

11/12/2025 | 10h16 | Por Jenne Andrade

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador