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- O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de maio foi divulgado nesta quarta-feira (07) e trouxe uma surpresa positiva
- A inflação abaixo do esperado reforça possibilidade de cortes na Selic no segundo semestre; com agentes do mercado até antecipando as projeções
- Os números são positivos para a Bolsa, que ensaia recuperação apoiada em ações que apanharam durante a alta dos juros
Uma boa notícia foi divulgada nesta quarta-feira (7): o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de maio desacelerou para 0,23%, surpreendendo positivamente o mercado, que esperava um resultado próximo a 0,33%. Com esse desempenho, o IPCA acumulado em 12 meses atingiu 3,94%, se aproximando da meta de inflação do País para 2023, que é de 3,25%.
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Esse indicador econômico tem o potencial de estimular movimentações na taxa de juros e nos preços dos ativos da Bolsa. Os recentes dados da inflação fortalecem a expectativa de que o ciclo de redução dos juros seja iniciado em breve. Atualmente fixada em 13,75% ao ano desde agosto de 2022, a taxa Selic poderá cair para 12,5% até o final de 2023, de acordo com projeções do Boletim Focus nas últimas sete semanas.
Anteriormente, a expectativa era que esse corte ocorresse apenas na reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). No entanto, corretoras e casas de investimento agora consideram a possibilidade de um ajuste já no encontro marcado para os dias 1.º e 2 de agosto.
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De acordo com Bruno Monsanto, assessor de investimentos e sócio da RJ+ Investimentos, o BC pode preferir segurar mais uma reunião e esperar um cenário de estabilidade para a inflação se consolidar, deixando o movimento para setembro ou novembro. “Mas, fato é que muitas instituições, e o próprio Boletim Focus, já revisaram suas projeções para baixo”, ressaltou.
A queda do IPCA e a Bolsa de Valores
No mercado de ações, a expectativa de redução nos juros tem impulsionado o aumento do Ibovespa nos últimos dias. O ciclo de alta da Selic penalizou ativos da B3 à medida que investidores migravam as carteiras para a renda fixa.
Marianna Costa, economista-chefe do TC, destaca que os mercados no Brasil “reagem de forma bastante positiva aos números” e não é só a curva de juros que mostra isso. “O comportamento da Bolsa também reflete essa perspectiva de queda de juros”, afirma.
Segundo Gustavo Cruz, Estrategista Chefe da RB Investimentos, a queda dos juros é tida, já há algum tempo, como o principal fator para impulsionar uma recuperação das ações na Bolsa – veja em quais investir.. Ele explica que a sensação de otimismo deve beneficiar principalmente os setores de varejo e construção civil. “São papéis que passaram por alguns trimestres ruins com a população com dificuldade de encontrar financiamentos, pensando duas vezes antes de pegar parcelas”, diz.
Bruno Monsanto, da RJ+, coloca as small caps entre os ativos que já captam a expectativa de queda dos juros. “Essa perspectiva de inflação sob controle e juros caindo tem alimentado um forte otimismo com as ações, especialmente as small caps, que já andaram bem em maio, mas ainda têm muito potencial de upside (alta)”, afirma Bruno Monsanto, da RJ+.
* Produzindo com auxílio de inteligência artificial
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