O número de operações de pagamento e transferência de valores feitas por meio do Pix chegou a 11,7 bilhões em 2022, registrando um aumento de 105% acima do registrado no ano anterior.
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Os dados, divulgados na última quarta-feira (28), são da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023 (ano-base 2022), da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
A pesquisa mostrou que o número de pessoas física ou jurídica que realizaram, pelo menos, 30 transações instantâneas pelo Pix, por mês, também cresceu em 2022: foram 46 milhões de usuários de alta frequência, uma elevação de 131% em comparação ao ano anterior.
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Além disso, a quantidade de usuários que recebeu mais de 30 Pix por mês, também teve forte alta: chegou a 33 milhões, um crescimento de 106% em comparação a 2021.
De acordo com a Agência Brasil, ao todo, os brasileiros fizeram, no ano passado, 163,3 bilhões de transações bancárias nos vários canais de atendimento disponíveis pelas instituições financeiras, representando um aumento de 30% ante 2021, a maior taxa de crescimento registrada até hoje.
Ainda de acordo com o levantamento, no ano passado, as transações feitas por TED e DOC registraram quedas de 29%.
Outra descoberta feita com a pesquisa foi que o número de contas-correntes abertas em 2022 foi de 46,2 milhões. Desse total, 63% foram criadas por canais digitais (mobile banking e internet banking). Esse é o segundo ano consecutivo em que o número de contas abertas em canais digitais superou o de contas abertas em canais físicos.
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Os resultados mostram que cada vez mais as pessoas vem se adaptando e confiando mais na nova tecnologia. No entanto, apesar do PIX já ter se provado seguro, ele não está livre de crimes cibernéticos , pois depende do usuário ficar atento para não cair nos golpes.
Como se proteger usando o Pix?
Segundo especialistas, o ponto de partida para não cair em golpes envolvendo o Pix é estar ciente de que as chaves só podem ser cadastradas via site ou aplicativo oficial dos 667 bancos, fintechs ou cooperativas cadastradas para oferecer o serviço. Dessa forma, a pessoa deve ignorar informações que receber por e-mail, SMS ou pelo WhatsApps pedindo dados bancários para criar uma chave.
“Nenhuma instituição financeira tem o direito de solicitar essas informações e nem é possível realizar alguma funcionalidade do Pix fora do site/aplicativo delas”, afirma Ivo Mósca, coordenador da subcomissão de pagamentos instantâneos e porta voz do grupo de segurança da Febraban.
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Portanto, em hipótese nenhuma os dados devem ser cedidos para solicitações de canais suspeitos para criação de chave. “Não confie mesmo se a identidade visual for igual”, comenta José Antonio Milagre, advogado e perito em crimes cibernéticos.
Além disso, é necessário ficar atento na hora de realizar pagamentos e transferências pelo serviço. Afinal, para realizar a transação, o destinatário deverá mandar o código da chave ou o QR Code do estabelecimento
A recomendação para se proteger na hora da operação é a mesma: não confie em contatos feitos por canais suspeitos e pague apenas via chave ou QR Code enviados diretamente de endereços oficiais da instituição onde o produto foi adquirido.
Outras sugestões de especialistas são: sempre alterar suas senhas para evitar ser hackeado, manter o aplicativo e o smartphone atualizado e não realizar transações via internet pública. “É importante se proteger de todas as formas no mundo digital”, diz Milagre.
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