- A expressão "inteligência emocional" ficou popular por meio do psicólogo e jornalista norte-americano Daniel Goleman, que lançou um livro de mesmo nome em 1995
- A inteligência emocional é uma habilidade crucial que envolve o reconhecimento, a compreensão, o gerenciamento das emoções e desempenha um papel fundamental em como interagimos com o mundo
- Por isso, trago algumas perguntas simples para despertar, em você, uma reflexão sobre seu grau de autoconhecimento a respeito do impacto de suas emoções na vida financeira
A expressão “inteligência emocional” ficou popular por meio do psicólogo e jornalista norte-americano Daniel Goleman, que lançou um livro de mesmo nome em 1995. Desde então, o conceito se tornou amplamente usado no mundo dos negócios.
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Uma forma divertida de colocar em discussão a inteligência emocional na vida financeira tem sido espalhada, nas últimas semanas, em tendência viral do TikTok chamada ‘Girl Math’. Vários vídeos engraçados mostram a matemática de contas mentais contraditórias usada para justificar gastos excessivos.
Uma garota, por exemplo, explica a compra de um vestido caríssimo, acima de seu orçamento, como vantagem de ‘custo-benefício’ ao alegar que usará a mesma peça em quatro festas seguidas. Com isso, ela terá retorno sobre o investimento na roupa.
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Se a inteligência emocional é uma habilidade crucial que envolve o reconhecimento, a compreensão, o gerenciamento das emoções e desempenha um papel fundamental em como interagimos com o mundo, trago aqui algumas perguntas simples para despertar em você uma reflexão sobre seu grau de autoconhecimento a respeito do impacto de suas emoções na vida financeira.
O teste
Para cada pergunta, escolha a alternativa que melhor descreve sua reação ou comportamento na situação:
1. Quando você enfrenta uma decepção, como costuma reagir?
a. Fica facilmente frustrado (a) e busca formas de compensar o que está sentindo com algo prazeroso, como comprar ou apostar;
b. Busca soluções para se acalmar antes de agir. Procura desenvolver autoconhecimento para lidar com as emoções sem precisar de compensações.
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2. Ao perceber uma situação de instabilidade financeira na economia ou em sua vida, você:
a. Fecha totalmente a “torneira dos gastos” e mobiliza toda a família a fazer o mesmo, para guardar tudo o que puder;
b. Entende que a vida é feita de “altos e baixos” e que por isso deve seguir regularmente um orçamento que permita organizar mensalmente seus gastos e investir. Adapta com flexibilidade e equilíbrio o estilo de vida às diversas circunstâncias, para ter sempre uma reserva de emergência e poder enfrentar com tranquilidade cenários difíceis.
3. Se você está em um site de compras ou no shopping e vê o “produto dos seus sonhos” que tem um preço bem acima da sua realidade financeira, você:
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a. Compra, mesmo sem ter o dinheiro, utilizando-se de contas e argumentos mentais, para justificar a si mesmo(a) as vantagens da decisão, com pensamentos do tipo: “eu mereço”, “é só parcelar”, “está em oferta”;
b. Coloca o item na sua lista de desejos, analisa prioridades e estabelece uma meta de economia mensal para comprar o produto. Espera até conseguir ter o valor integral para comprar, sem comprometer o orçamento.
4. Como você lida com conselhos financeiros?
a. Se vê satisfeito(a) com a opinião de alguém que falou aquilo que você já queria fazer;
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b. Busca diversidade de opiniões e conhecimentos em fontes seguras e confiáveis. Aceita críticas construtivas e toma decisões financeiras importantes mediante análises técnicas e com gestão de riscos.
5. Quando estimulado(a) a praticar a doação em dinheiro, de forma regular, o que você faz?
a. Desconsidera o assunto. Afinal, o dinheiro que tem mal dá para cuidar de si mesmo(a) e você já faz doação de roupas e itens que não servem mais;
b. Doa, com alegria, um percentual de sua receita mensal, por entender que seus ganhos podem contribuir ajudando outros também. Percebe que, se for bem organizado(a) financeiramente, é possível praticar a doação sem comprometer a própria saúde financeira.
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6. Perante a forma de ganhar dinheiro, você:
a. Está de olho em todas as oportunidades para enriquecer e fica atrás de dicas arrojadas de investimentos que tragam altos retornos em prazos mais curtos. Afinal de contas, “quem não arrisca não petisca”;
b. Entende que o principal capital é consequência do trabalho bem-feito, com qualidade e propósito. Perante os investimentos, mantém uma coerência de estratégia de carteira, no longo prazo, para ganhos de capital incrementais.
7. Quando você comete um erro financeiro importante, como costuma se tratar?
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a. Fica extremamente autocrítico(a) e se culpa muito.
b. Aceita a responsabilidade, aprende com o erro e tenta não repeti-lo nas próximas decisões. Busca ajuda se necessário, para desenvolver novos repertórios comportamentais e evitar escolhas futuras erradas.
Se a maioria de suas respostas estão ligadas à primeira alternativa de cada pergunta, pode indicar que você tem feito escolhas menos saudáveis em sua vida financeira.
A segunda alternativa de cada teste estaria conectada a respostas mais saudáveis, indicando habilidades de inteligência emocional mais maduras e autocontroladas nas finanças pessoais.
É claro que esse teste é apenas uma introdução e não substitui uma avaliação completa de um profissional de psicologia. E, por falar em testes psicológicos, aproveito para cumprimentar meus colegas de profissão pelo dia 27 de agosto, quando é celebrado o Dia do Psicólogo.
Feliz dia a todos os profissionais da área, que se dedicam com amor a ouvir, acolher, orientar, apoiar e analisar sentimentos, pensamentos e comportamentos humanos.