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Colunista

Reflexões da Cop-28: desafios para o futuro climático do Brasil

O mundo vive com conflitos, polarização, mudanças climáticas e uma COP-28 frustrante. Eis aqui um chamado

Por Fernanda Camargo

15/12/2023 | 16:08 Atualização: 20/12/2023 | 15:20

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(Foto: Daylin Paul/Reuters)
(Foto: Daylin Paul/Reuters)

Manter o otimismo depois de um ano como esse não é fácil, mas se faz necessário. O mundo vive com duas guerras, inúmeros conflitos menos conhecidos, um mundo polarizado, mudanças climáticas sentidas na pele e uma COP-28, a Conferência Mundial do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), frustrante.

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O documento final da cúpula ambiental terminou com a primeira menção a combustíveis fósseis em quase 30 anos de conferências do clima. Mas, por pressão dos países do cartel do petróleo, liderados pela Arábia Saudita, o texto falou de “transição que se afaste dos combustíveis fósseis, acelerando a ação nesta década crítica”. Expressões como “redução” (phase down) ou “eliminação” (phase out) não entraram.

  • Veja: Startup cria ranking de empresas mais e menos ESG da Bolsa

Por outro lado, foram listadas 8 ações que os 200 países signatários da Conferência do Clima foram chamados a adotar:

1)Até 2030 triplicar energias renováveis e dobrar a eficiência energética;

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2) aumentar esforços para reduzir o uso de carvão cujas emissões de dióxido de carbono (CO2) não foram abatidas;

3) até 2050 aumentar esforços globais para sistemas energéticos net (saldo líquido de emissões) zero, usando combustíveis de zero ou baixo carbono;

4) fazer a transição para nos afastar dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos de forma justa, ordenada e equitativa;

5) Aumentar tecnologias de zero ou baixas emissões, incluindo as energias renováveis, nuclear, a partir do hidrogênio, de baixo carbono e de captura de carbono, particularmente nos setores de difícil descarbonização (hard to abate);

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6) Reduzir substancialmente as emissões de metano até 2030;

7) Reduzir as emissões do transporte rodoviário, incluindo a infraestrutura para permitir carros de zero ou baixas emissões;

8) Eliminar gradualmente os subsídios aos combustíveis fósseis não associados à redução da pobreza energética ou à transição justa.

O Brasil como personagem central

Os investimentos climáticos trazem esperança ao Brasil. Se o mundo quiser atingir o Net Zero em 2050, precisará do nosso País. Se quiser atingir as Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU até 2030, também. Conforme ilustrado em uma matéria do New York Times no mês de novembro, nossa matriz energética é uma das mais limpas do mundo.

No entanto, o capital que está vindo dos países desenvolvidos busca investimentos em transição energética e esta não é a questão no Brasil. O País necessita de investimento para financiar a mudança do uso do solo, principalmente para acabar com o desmatamento, e precisamos fazer tudo isso considerando o abismo social existente.

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A humanidade já sabe que as mudanças climáticas são uma ameaça à civilização. No entanto, o mundo ainda gasta quatro vezes mais com os combustíveis fósseis que contribuem para o aquecimento global do que no combate a tal risco.

Como diz meu amigo, investidor, empreendedor e economista Marco Gorini, o mundo de investimentos nos mostra que precisamos de uma mudança civilizatória. Falamos de risco, retorno e liquidez, que estão todos focados no próprio indivíduo ou na própria organização. Somente quando falamos de investimentos de impacto ou sustentáveis é que olhamos além, levando em consideração as pessoas, o planeta e a forma com que atuamos.

Ações para 2024

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o total de ativos custodiado no Brasil chega a R$ 9 trilhões, ao passo em que investimentos de impacto socioambiental ficam na casa dos R$ 11 bilhões, segundo dados que excluem o microcrédito – ou seja, 0,10% do total de ativos.

No ano que se encerra, por outro lado, muitas iniciativas nas quais nos envolvemos ou acompanhamos nos trazem boa dose de esperança, Veja:

O fundo de blended finance (financiamento misto) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se tornou um exemplo para o País e para várias outras nações em desenvolvimento, um trabalho conjunto de profissionais exemplares dentro do banco e de escritórios de advocacia, profissionais do mercado de capitais e consultores.

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O Lab de Inovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vem fazendo um trabalho incansável desde 2016 em diferentes grupos que tratam de impacto social, crédito de carbono, finanças verdes, entre outros. São profissionais de várias áreas se unem para gerar inovação financeira com o objetivo de resolver problemas sociais ou ambientais.

Soluções baseadas na natureza: a Capital for Climate criou uma plataforma para atrair investidores internacionais e locais para investir em soluções baseadas na natureza no Brasil. O Instituto pelo Clima (ICS) uniu profissionais do setor privado e do setor público para discutir e criar políticas públicas para soluções baseadas na natureza e blended finance.

Com a assinatura do Decreto n.11646, foi inaugurada a EnImpacto, a Estratégia Nacional de Economia de Impacto. A iniciativa atribui responsabilidades a 25 órgãos governamentais e um número igual de organizações da sociedade civil (OSCs) para implementar ações que promovam uma economia mais inclusiva e regenerativa, gerando impactos socioambientais positivos.

  • Confira também: Bolsa tem 10 índices de ações ESG, mas sustentabilidade é questionável

O Instituto AYA e a consultoria Systemiq, com a participação de mais de 200 instituições, lançaram o relatório “Caminhos para o Plano de Transformação Ecológica do Brasil”, fruto da sua participação e dedicação na força-tarefa voluntária de apoio ao Plano de Transformação Ecológica do governo federal.

Na semana do clima em Nova York, o seminário Brazil Climate Summit discutiu o papel do nosso País na transição verde e tratou das oportunidades para o Brasil se tornar um hub (centro) de soluções, focado na descarbonização da economia global.

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A Cúpula da Amazônia, reunião de diferentes líderes políticos que têm parte do bioma amazônico em seu território com o objetivo de fortalecer a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), foi realizada em Belém em agosto. Apesar do avanço no debate sobre o tema, o evento terminou com a ausência de metas comuns.

Em novembro foi realizada pela primeira vez a TED Talk Amazônia, um evento de palestras para unir vozes que se manifestam pela Amazônia e por quem a vive. O mergulho na experiência TEDxAmazônia foi pensado para refletir a pluralidade e a beleza da região.

O evento Conexão ODS do Pacto Global da ONU foi realizado no Ceará, dando visibilidade a diálogos relacionados aos ODSs da Agenda 2030 e a questões sociais, ambientais e de governança nas empresas e debaterá como avançar em impacto social.

Foi criada a Rede Anbima de Sustentabilidade, um fórum plural e colaborativo de fomento à agenda ESG (sigla para governança ambiental, social e corporativa, em inglês) no mercado de capitais. O objetivo é abrigar discussões sobre as tendências globais relacionadas ao tema, gerar ferramentas práticas e oferecer parâmetros objetivos para apoiar a implementação dessa agenda, principalmente no que se refere às finanças sustentáveis.

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O tema financiamento misto aterrizou no Brasil e ficou claro que esta é uma forma de destravar capitais. Foram criados grupos no Lab de Inovação da CVM, na Anbima, no Ministério da Fazenda e em organizações empresariais. Blended Finance trata da combinação de diferentes capitais para atingir determinado impacto socioambiental ou, segundo a Convergence – maior plataforma de Blended Finance do mundo –, trata-se do uso de capitais catalíticos do setor público ou recursos filantrópicos para aumentar investimentos do setor privado no desenvolvimento sustentável.

A conferência da Latimpacto “Impact Minds Standing Together” aconteceu em setembro no Rio de Janeiro com enorme sucesso, oportunidade em que grandes fundações corporativas e familiares do mundo todo, famílias, empresas e atores do ecossistema de impacto, se reuniram para discutir como catalisar capitais para impacto socioambiental na América Latina;

O Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais mostrou R$ 330 milhões em doações para fundos patrimoniais em 2022, quase o dobro em relação ao ano anterior (R$ 174 milhões), e que o ritmo acelerado de criação desses fundos no Brasil desde a implementação da Lei 13.800/2019 tem sido essencial para fortalecer o compromisso com estruturas de gestão robustas e inovadoras.

Chamado

Os exemplos acima aconteceram pois muitos se dispuseram a trabalhar em conjunto.

Termino este artigo, portanto, fazendo um chamado. Não podemos ficar parados, esperando que as oportunidades se materializem do além. Precisamos criar o futuro e precisamos fazer isso juntos.

Aproveito para dividir o manifesto que criamos na gestora Wright Capital depois de nove anos de jornada:

Ele pode estar distante ou bem à nossa frente.
Começar com uma ação ou uma grande ideia.
Ser continuação, mas também ser algo maior.

O que sabemos sobre o futuro.
É que ele não vem até nós.
Somos nós que vamos até ele.

Entender isso é entender o significado de gerir patrimônio.

É ver que critérios de rentabilidade precisam de critérios de sustentabilidade.
Que cuidar de um legado é cuidar das próximas gerações.
Que os desafios de hoje exigem visão de longo prazo.
Que honrar uma história, muitas vezes, é transformar histórias.
E que milhões podem impactar bilhões.

Porque nossas escolhas têm o poder de fazer transformações positivas.
Porque sabemos o valor de construir o caminho para um futuro melhor.
Porque a gente se importa.

E é assim, só assim, que se chega lá, juntos.

Feliz Natal e que 2024 traga bons ventos.

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