O dólar caiu frente ao euro e à libra nesta segunda-feira (4), mas subiu diante do iene, em dia de agenda modesta, com investidores mais interessados na agenda do restante da semana, com declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, relatório mensal de empregos (payroll) nos EUA e decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Em relação à moeda japonesa, a cautela recente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) pressionou a divisa.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 150,50 ienes, o euro avançava a US$ 1,0860 e a libra tinha alta a US$ 1,2691. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,03%, a 103,832 pontos.
Entre dirigentes do Fed, o presidente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que a inflação caminha para a meta de 2%, mas advertiu que é cedo para declarar vitória, diante de pressões inflacionárias ainda disseminadas e aceleração dos preços em janeiro. Com direito a voto nas decisões de política monetária deste ano, Bostic repetiu a postura recente do BC americano de que ainda não há confiança suficiente para cortar juros.
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A perspectiva de esperar mais antes de reduzir juros tende a apoiar o dólar, mas hoje a moeda oscilou. O euro mostrou algum fôlego, mas também contido. No caso do BCE, há ampla expectativa por manutenção dos juros nesta quinta-feira (7). A High Frequency Economics comenta que “ninguém espera um corte nesta semana”, mas acrescenta que “todo mundo espera alguma diretriz” da presidente do BCE, Christine Lagarde, sobre quando pode ocorrer a primeira redução nas taxas na zona do euro.
O iene, por sua vez, caiu frente ao dólar, sob pressão com a postura do BoJ, com seu presidente, Kazuo Ueda, ainda mostrando em declarações recentes dúvidas sobre o quadro antes de caminhar para normalizar os juros. O Rabobank afirma que uma elevação dos juros pelo BC japonês em abril é mais provável. Mas o banco holandês avalia que o iene pode ganhar algum fôlego antes da decisão de 19 de março do BoJ, com alguma especulação sobre mudança já agora nos juros. O Rabobank acredita que, mesmo com manutenção da política em março, pode haver pressão de baixa sobre o iene, com investidores voltando as atenções para a probabilidade de uma elevação no próximo mês.