- O Ether (ETH) é a segunda criptomoeda com maior valor de mercado e já valorizou mais de 60% só este ano
- Os contratos inteligentes se estabeleceram como o catalisador para uma onda de inovação que atraiu a atenção de todo o mercado financeiro
- A introdução da blockchain do Ethereum desbloqueou o universo dos tokens como hoje conhecemos
Enquanto as notícias sobre criptomoedas destacam os recordes históricos do preço do Bitcoin, um ativo alternativo, outrora favorito do mercado financeiro tradicional, tem recebido menos atanção. Seu nome é Ether (ETH), a segunda criptomoeda com maior valor de mercado, que já valorizou mais de 60% só este ano.
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Importante destacar que Ether (ETH) e Ethereum, embora relacionados, referem-se a conceitos distintos: Ethereum é a plataforma de blockchain, enquanto Ether é a criptomoeda nativa da plataforma. Ethereum é a infraestrutura, Ether é o combustível.
“Eu chorei até dormir e naquele dia percebi os horrores que os serviços centralizados podem trazer”. Foi assim que o jovem Vitalik Buterin descreveu sua epifania, que chegou de uma forma bastante mundana: a Blizzard, criadora do jogo “World of Warcraft”, mudou arbitrariamente as características do personagem que Vitalik usava.
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Sim, o mundo centralizado pode ser realmente cruel. Talvez, por isso, ele tenha se interessado tanto e mergulhado fundo no Bitcoin, que lhe foi apresentado por seu pai.
Aos 17 anos, Vitalik, já então um programador genial, deparou-se com limitações no Bitcoin e, determinado a expandir as capacidades do sistema de criptomoedas, criou a rede Ethereum com apenas 19 anos. Sua inovação? Os contratos inteligentes que possibilitam aplicações sem fim e abrem portas para um mundo sem precedentes.
Contratos inteligentes transformaram radicalmente o cenário dos negócios digitais, graças à sua programabilidade e execução automática. Uma de suas aplicações mais inovadoras é a capacidade de condicionar o desbloqueio de fundos a eventos específicos ou condições acordadas.
Por exemplo: imagine um contrato inteligente projetado para a liberação de pagamentos apenas após a conclusão bem-sucedida de um serviço ou entrega de um produto. Este contrato poderia verificar automaticamente a satisfação das condições – como a confirmação de recebimento por parte do comprador por meio de um sistema de feedback digital – antes de transferir os fundos da parte contratante para o prestador de serviços ou vendedor.
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Esse processo assegura que os pagamentos sejam efetuados estritamente de acordo com os termos acordados, sem a necessidade de intermediários.
Esse potencial para revolucionar transações e acordos financeiros capturou a atenção de diversos players do mercado, especialmente aqueles do setor financeiro. A promessa de operações seguras, transparentes e imutáveis, sem a necessidade de intermediários, ofereceu não apenas uma nova eficiência operacional, mas também a abertura para a inovação em produtos e serviços financeiros.
Nos primeiros anos, a ideia de adotar a tecnologia blockchain sem o Bitcoin ou outras criptomoedas era sedutoramente viável – “blockchain sim, cripto não” – porém revelava um entendimento limitado sobre a interdependência entre os ativos e a tecnologia. A separação subestimava como o Bitcoin e as altcoins demonstraram o potencial prático da blockchain, um insight que se provou essencial conforme o ecossistema cripto evoluiu.
A criação de aplicações descentralizadas (dApps), produtos financeiros descentralizados (DeFi) e uma infinidade de outros usos que estão transformando radicalmente o ecossistema financeiro global só foram possíveis porque os criptoativos têm valor.
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Portanto, os contratos inteligentes se estabeleceram não apenas como uma característica inovadora do Ethereum, mas também como o catalisador para uma onda de inovação que atraiu a atenção de todo o mercado financeiro, marcando o início de uma era de transformações profundas no setor.
A introdução da blockchain do Ethereum desbloqueou o universo dos tokens como hoje conhecemos, abrangendo uma vasta gama que vai desde as stablecoins – experimento mais bem-sucedido de tokenização do próprio dólar americano – até recebíveis, créditos de carbono, direitos relacionados ao futebol e também os controversos NFTs, todos fundamentados em tecnologias trazidas pelo Ethereum.
Sendo assim, essa inovação pavimentou o caminho não só para uma diversidade de criptomoedas presentes atualmente no mercado, mas catalisou uma série de outras inovações no universo descentralizado.
As Ethereum Virtual Machines (EVMs) revolucionaram o conceito de descentralização, posicionando a rede Ethereum distinta e mais abrangente que a do Bitcoin, o precursor da blockchain. Enquanto a cripto mais famosa do mundo foca na transferência de valor digital de forma descentralizada, Ethereum expande essa noção permitindo a tokenização e transação de quase qualquer coisa, sem necessidade de intermediários, abrindo portas para uma nova era de aplicações descentralizadas.
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Esse potencial não apenas capturou o interesse de participantes privados no cenário financeiro global, mas também atraiu a atenção de entidades governamentais. Um exemplo notável é o conceito de Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs), com o Drex do Banco Central do Brasil emergindo como um dos pioneiros mais significativos, um desenvolvimento que só se tornou viável através dessa revolucionária tecnologia.
Agora imagine-se à frente desta onda de inovação. Se você é um profissional do mercado financeiro ou do mercado de capitais, espero que nada disso seja novidade para você e esse universo todo já seja parte do seu cotidiano, ao menos como um plano concreto. Enquanto investidor, a oportunidade está na mesa. A aprovação dos ETFs do ETH abrirá novos caminhos para investidores institucionais, podendo repetir o sucesso dos ETFs de Bitcoin que acompanhamos nesse primeiro trimestre de 2024.
Diante deste cenário promissor e do potencial disruptivo do Ether e da rede Ethereum, a decisão é clara: comprar ETH agora é mais do que um investimento; é uma aposta no futuro das finanças descentralizadas. Uma carteira conservadora dentro do mundo cripto é algo como 60% de Bitcoin e 40% de Ether. Não perca a oportunidade de ter ao menos esses ativos em seu portfólio.
É algo raro, mas que o mundo cripto proporciona: ver o futuro se desdobrar diante de nossos olhos e poder se beneficiar financeiramente desse movimento.
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Com a evolução constante da plataforma, marcada por atualizações significativas e a crescente adoção de DeFi e NFTs, o Ether se posiciona como um investimento potencialmente valioso e diversificado. Para investidores atentos às oportunidades que o vasto ecossistema cripto oferece, explorar o Ethereum pode não apenas ampliar horizontes financeiros mas também participar ativamente do futuro da economia digital. Diante disso, considerar o ETH em seu portfólio é mais do que uma decisão financeira; é um passo em direção ao novo paradigma da web descentralizada.
As opiniões dos colunistas não representam necessariamente a posição do E-Investidor