Bitcoin (BTC) cai mais de 4% por temor de guerra entre Israel e Irã e à espera do halving

O halving é o evento que reduz pela metade a recompensa aos mineradores de criptomoedas – os responsáveis pelos registros das transações. Na prática, a medida limita ainda mais a criação de novos de bitcoin, o que pressiona os preços do ativo diante da queda da oferta no mercado.

Além do evento com a maior criptomoeda, as tensões no mercado financeiro pioraram após o chefe de gabinete das Forças de Defesa de Israel, Herzi Halevi, afirmar que o país daria uma resposta ao ataque iraniano.

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Já o governo iraniano vê o assunto como encerrado, visto que a ofensiva foi uma resposta ao ataque de Israel a embaixada do Irã na Síria. No entanto, Teerã declarou que se Tel Aviv atacar novamente, as consequências podem ser graves.

Segundo Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos, a queda das criptos também ocorre por um receio da disparada das commodities, como o petróleo. Se isso se concretizar, os dados de inflação americana devem piorar. Vale lembrar que a inflação dos EUA, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), subiu 0,4% em março ante fevereiro, acima da mediana dos analistas consultados nas projeções do Broadcast, que previam alta de 0,3%.

De acordo com Lage, se os dados piorarem, o tão esperado corte de juros pelo Banco Central dos EUA, o Federal Reserve (FED), deve ser prorrogado para além do que o mercado espera. “Isso passa a ser muito ruim para as criptomoedas, visto que as altas recentes desse ativos foram com base nas expectativas da redução de juros pelos EUA. Sem os cortes esperados pelo mercado, devido a uma possível piora da inflação, as criptos tendem a sofrer no mercado”, explica.

Seguindo a derrocada do bitcoin, o ethereum (ETH) caía 4,5%, a US$ 3.082,79. Para saber o que fazer com as criptomoedas em meio às tensões entre Irã e Israel, leia esta reportagem.