As ações do Grupo Casas Bahia (BHIA3) dispararam nesta segunda-feira (29) e fecharam o dia como a maior alta do Ibovespa, após a companhia anunciar no domingo (28) que entrou com um pedido de recuperação extrajudicial.
Ao final do dia, as ações da varejista encerraram o pregão em valorização de 34,19%, cotadas a R$ 7,30. No acumulado do ano, porém, os papéis têm queda de 35,85%.
A varejista vai renegociar dívidas na ordem de R$ 4,1 bilhões e o pedido já foi pré-acordado com os principais credores, Bradesco e Banco do Brasil. Com isso, a empresa preserva R$ 4,3 bilhões no caixa da companhia até 2027, sendo R$ 1,5 bilhão apenas neste ano. Antes, a empresa teria que desembolsar R$ 4,8 bilhões no mesmo período.
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Na visão de analistas do mercado financeiro, o anuncio foi positivo, visto que a companhia terá caixa para seguir com o seu plano de reestruturação. No entanto, eles se dividem sobre o que o investidor deve fazer com as ações das Casas Bahia neste momento. Veja as recomendações nesta reportagem.
A XP aponta que o investidor que decidir comprar as ações neste momento pode ver uma diluição de até 83% na participação devido à opção dos credores de converterem sua dívidas em ações. A corretora não recomenda a compra.
Já a Ágora Investimentos e o Bradesco BBI têm recomendação neutra para os papéis. “Consideramos positiva esta medida de gestão de passivos e esperamos ver a evolução dos fundamentos subjacentes da empresa, no seguimento do seu plano de recuperação”, dizem Pedro Pinto do Bradesco BBI e Flávia Meireles da Ágora em relatório divulgado nesta segunda-feira (29).
Entenda o caso
O Grupo Casas Bahia entrou em reestruturação no terceiro trimestre de 2023 após acumular seis prejuízos seguidos e queimar caixa. Desde então, a companhia não divulgou nenhuma projeção de quando voltará a dar lucro. No entanto, a rede varejista estima que deve encerrar sua queima de caixa a partir de 2025.
No domingo (28), o grupo comunicou ao mercado que fechou um acordo de recuperação extrajudicial para renegociar uma dívida de R$ 4,1 bilhões com seus principais credores, o Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), que possuem 55% da dívida.
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Esta matéria do Estadão mostra que apesar de ter sua história atrelada à família Klein, que fundou a empresa, a companhia hoje tem capital pulverizado.
Atualmente, a família Klein possui cerca de 24% das ações da empresa, mas apenas Raphael Klein, neto do fundador, Samuel Klein (1923-2014), possui assento no conselho de administração.
*Com informações do Broadcast