INSS: golpistas se passam por servidores para roubar dados de beneficiários; saiba como se proteger

Segundo o próprio Governo, o golpe se dá da seguinte forma: pessoas com crachá falso se passam por funcionários do INSS com o intuito de realizar a “prova de vida” presencialmente, durante a qual solicitam informações pessoais e fotografias dos beneficiários.

As instruções do INSS são: os beneficiários não devem compartilhar nenhum dado pessoal e devem imediatamente notificar as autoridades policiais. Atualmente, o INSS não realiza a prova de vida de forma presencial.

Fotografias evidenciando a ação desses fraudadores, que usam crachás não autênticos, foram enviadas para a Procuradoria Federal Especializada, vinculada à Advocacia-Geral da União (AGU). Posteriormente, essas evidências são repassadas à Polícia Federal para que se proceda com a identificação dos envolvidos e a investigação de como obtiveram acesso às informações dos beneficiários.

O órgão afirma que pesquisas presenciais do INSS são restritas a situações que exigem comprovação de vínculo, endereço ou irregularidades. Vale salientar que os funcionários não solicitam cópias de documentos ou fotos.

A validação é realizada por meio da conferência do documento de identidade com foto apresentado pelo indivíduo. Em caso de dúvida, o beneficiário pode anotar o nome completo e a matrícula do servidor e entrar em contato gratuitamente com a Central de Atendimento 135 para confirmar a autenticidade do representante do INSS.

Como fazer a prova de vida em 2024?

Desde 2023, o INSS assumiu a responsabilidade de verificar a prova de vida dos beneficiários, dispensando a necessidade de comparecimento em agências. Essa mudança, oficializada pela Portaria MPS nº 723/2024, visa agilizar o processo.

Funciona da seguinte forma: O INSS obtém dados de outros órgãos públicos, priorizando informações biométricas, para cruzar com os dados dos beneficiários em sua base de dados. Essa triangulação garante a veracidade da informação e elimina a necessidade de deslocamentos.

Para essa comprovação, o órgão utiliza diversas interações do indivíduo:

Uso do aplicativo Meu INSS certificado com o selo ouro;
Nas instituições bancárias, durante a contratação de empréstimos consignados, contanto que a validação seja por meio de reconhecimento biométrico, e também no momento do recebimento de benefícios que utilizem identificação biométrica;
Nas ocasiões em que o beneficiário realiza serviços presenciais nas agências do INSS ou durante perícias médicas, que podem ser realizadas tanto remotamente via telemedicina quanto de forma presencial;
Alterações realizadas no Cadastro Único (CadÚnico) pelo chefe do núcleo familiar;
Obtenção de benefícios que requerem autenticação biométrica durante o pagamento.

Colaborou: Gabrielly Bento.

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