Em meio a crescentes preocupações fiscais no mercado, a arrecadação de abril ganha ainda mais atenção. E o Comitê de Pessoas do Conselho de Administração da Petrobras (Cope) vai analisar a indicação de Magda Chambriard à presidência da estatal. Já lá fora, sinais da política monetária americana poderão vir por meio de discursos de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Esses são os destaques desta terça-feira (21).
Leia também
A maioria dos ativos internacionais tem sinais negativos. Diante da inflação persistente nos EUA, autoridades monetárias do banco central americano têm adotado cautela e elevado as dúvidas sobre quando o Fed começará a cortar os juros, indicando que as taxas poderão ficar elevadas por um longo período.
As bolsas europeias caem, deixando em segundo plano a queda acima da esperada do índice de preços ao produtor da Alemanha de abril e o avanço do superávit comercial da zona do euro em março. Já os futuros de Nova York operam com instabilidade.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) caem, após ganhos na véspera, assim como o dólar cede ante moedas fortes, enquanto o petróleo estende perdas.
Enquanto isso, as bolsas asiáticas fecharam em baixa, passada a reação positiva com estímulos chineses.
Agenda econômica no Brasil
A queda de cerca de 1,00% do petróleo é gatilho a uma queda do Ibovespa na abertura, dando sequência às perdas das duas últimas sessões. Veja aqui como encerrou o pregão dessa segunda-feira (20).
No entanto, a alta de 1,68% do minério de ferro em Dalian, na China, entra como limitador a um recuo do Índice Bovespa.
A agenda de indicadores esvaziada aqui e no exterior, além da estabilidade em Nova York, podem instigar volatilidade, bem como a espera da reunião que analisará a indicação de Magda Chambriard à presidência da Petrobras (PETR3; PETR4).
Os investidores, especialmente de juros, ainda monitoram os debates acerca da política monetária interna, à medida que as chances de a Selic ficar em 10,50% até o final do ano crescem. Saiba como ficam os investimentos com a taxa Selic em 10,50% ao ano nesta matéria.
Publicidade
Após o relatório Focus dessa segunda-feira mostrar a Selic de 10,00% no fim de 2024, reunião de analistas com o Banco Central (BC), no Rio, também na véspera, esboçaram até a possibilidade de alta do juro básico. Outro ponto de atenção é em relação ao fiscal, o que pode mexer também com o câmbio.
Por isso, o mercado como um todo avaliará os dados de abril da arrecadação. Fica ainda no foco o debate sobre a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está guardando a sete chaves quem são os cinco ou seis deputados que vão compor o grupo de trabalho de regulamentação da reforma.
Agenda do dia
A Receita Federal divulga os dados da arrecadação de abril às 10h30. A mediana é de R$ 228,300 bilhões, ante R$ 190,611 bilhões em março. O Tesouro faz leilão de Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado) e Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos que possuem rendimento atrelado à inflação) (11h).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios (10h). Haddad concederá entrevista ao jornal francês Le Monde (11h30), terá uma reunião com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo (16h30), se reunirá com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (18h30), e terá reunião com o chefe global da mineradora BHP, David Lamont (18h30).
No exterior, vários dirigentes do Fed falam começar por Tom Barkin, de Richmond, às 10 horas.
Publicidade