‘Perda fixa.’ É assim que o maior investidor pessoa física do País classifica os ativos de renda fixa do mercado. Para Luiz Barsi, a opção por títulos públicos é uma escolha arraigada na tradição nacional. Isso se deve, segundo ele, ao histórico das taxas de juros praticadas no Brasil. Com o aumento da curva, a tendência é que esses títulos se valorizem — algo que atrai muitos investidores.
Barsi entende que a ferramenta que deveria servir à poupança individual acaba por financiar o endividamento público. A crítica se deve ao fato de que a emissão de títulos, como os do Tesouro Direto, é feita para financiar as atividades do governo — ainda que empresas privadas façam a mesma coisa para viabilizar suas atividades, com a emissão de letras de câmbio, debêntures, certificados de depósito bancário… Mas o bilionário, conhecido como ‘rei dos dividendos’, tem seus motivos.
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A estratégia que Luiz e sua filha Louise Barsi adotam para multiplicar capital financeiro é outra. Focada em renda passiva mensal, a estratégia ganhou o apelido de ‘Jeito Barsi’ de investir. Despido de toda a mística que excita o imaginário, o método consiste na aposta por ativos que pagam dividendos. Mas não só isso. A escolha das empresas é feita com cautela. Existe uma clara preferência por setores estáveis.
Empresas como a IRB (IRBR3), de seguros, Taesa (TAEE11) e Cemig (CMIG4), do setor elétrico e Banco do Brasil (BBAS3), do setor financeiro, são algumas que constam da carteira de investimentos de Barsi. Se observados os setores, são aqueles que tendem a ter maior consistência dos negócios, ou ainda, que são mais consolidados.
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Barsi defende que ações podem compor o horizonte de 30 anos para quem visa se aposentar com tranquilidade, para além da previdência. Aos 83 anos, o investidor possui patrimônio estimado em R$ 4 bilhões em ações, segundo a Revista Forbes.
Aqui, no entanto, é válida a ressalva da filha, Louise, em entrevista concedida a um podcast de finanças, no ano passado: “Não é porque o Barsi está comprando, que necessariamente vai ser bom para sua carteira”. Antes de tomar qualquer decisão, a busca por profissionais de finanças é a melhor recomendação.