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30 anos de Plano Real: que valor mantém hoje o poder de compra de R$ 1 em 1994?

Segundo dados do Banco Central, o real se desvalorizou 708% em 30 anos

30 anos de Plano Real: que valor mantém hoje o poder de compra de R$ 1 em 1994?
Notas de Real (Foto: Adobe Stock)

O brasileiro precisa ter R$ 8,08 em 2024 para ter o mesmo poder de compra que R$ 1 em julho de 1994, segundo informações retiradas da calculadora do cidadão do Banco Central. Segundo os dados do Banco Central, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 708% nestes 30 anos do Plano Real.

O real completa 30 anos nesta segunda-feira (1º). A moeda foi criada pela equipe de Fernando Henrique Cardoso, então Ministro da Fazenda de Itamar Franco. Após a criação do real, Fernando Henrique Cardo foi eleito presidente da República no fim daquele mesmo ano.

A desvalorização da moeda de 708% em 30 anos é equivalente a uma inflação de 1,96% ao mês em média. É um número muito menor que a inflação mensal de antes da criação do real. Em março de 1990, por exemplo, o Brasil chegou a registrar uma inflação de 82% somente naquele mês, a maior da história do IPCA. O número é equivalente a uma inflação de 2,64% ao dia.

O plano real foi lançado justamente para reduzir a inflação, trazer a economia brasileira para o ponto de equilíbrio e sem grandes surpresas para o brasileiro. Segundo Jansen Costa, Sócio Fatorial Investimentos, o real não só controlou a hiperinflação, que assolava o país, mas também lançou as bases para diversas reformas estruturais. Esse movimento de estabilização econômica abriu caminho para a privatização de importantes setores, como telecomunicações, mineração e siderurgia, promovendo maior eficiência e competitividade.

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“A implementação do Plano Real permitiu ao Brasil avançar em melhorias em setores historicamente negligenciados, como o saneamento básico. Para que o Brasil continue a crescer e se desenvolver, é crucial manter os pilares do Plano Real, que proporcionaram um ambiente econômico mais estável e previsível”, diz Costa.

Essa estabilidade influenciou positivamente vários setores, como o de supermercados. A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) lembra que a estabilidade econômica proporcionada pelo Plano Real permitiu aos supermercados expandir suas operações, investir em infraestrutura, tecnologia e logística, e aprimorar os serviços oferecidos aos consumidores.

“O Plano Real, que completa 30 anos de sua elaboração e implantação no país, foi um divisor de águas para o varejo alimentar no Brasil. A estabilidade econômica trouxe confiança para investimentos no setor, permitindo um crescimento significativo na oferta de produtos e serviços para os consumidores”, destaca o presidente da ABRAS, João Galassi.

A entidade reforça que a estabilidade econômica também permitiu a ampliação do acesso ao crédito para consumidores e empresas. A maior previsibilidade econômica também incentivou o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a segurança alimentar e a nutrição, beneficiando milhões de brasileiros.

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