O Certificado de Depósito Bancário (CDB) pode ser encontrado com facilidade em instituições financeiras, como bancos e corretoras. É um título de renda fixa negociado sob condições muito distintas (a depender do estabelecimento) e que pode ser contratado com três formatos: prefixado, pós-fixado e híbrido. Todas eless serão explicados mais adiante.
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Graças à previsibilidade e sensação de segurança que passa, esse ativo acaba sendo um forte aliado de quem está começando no mercado financeiro e também dos investidores com perfil avesso a riscos. Mas como esse produto de renda fixa funciona?
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O CDB é uma forma de bancos arrecadarem fundos para financiar suas atividades. Na prática, quando o investidor assina um contrato de CDB, ele realiza um empréstimo: em troca de remuneração a juros, deixa seu dinheiro sob a tutela da instituição financeira que escolheu. E a remuneração é diretamente impactada pela modalidade escolhida pelo investidor.
Como funciona o CDB prefixado?
A taxa de juros (que determina o lucro do investidor) é apresentada antes da compra ser realizada. Como o nome sugere, o rendimento do título é estabelecido previamente. Essa característica do CDB prefixado confere sensação de segurança ao ativo. Não à toa, tende a agradar mais perfis conservadores, assim como os menos experientes no mundo dos investimentos.
Como funciona o CDB pós-fixado?
Esse tipo costuma estar atrelado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), taxa de juros praticada nos empréstimos entre bancos. O CDI orbita a taxa básica de juros do País, a Selic. Mas ele pode estar indexado a outras taxas praticadas no mercado (índices de inflação, por exemplo). Essa característica faz da modalidade um investimento sujeito a variações.
Ainda assim, é possível estimar a remuneração com alguma precisão: via de regra, ao indicar retorno de 100% do CDI, a instituição oferece rentabilidade atrelada à taxa Selic (em 10,5% ao ano, no momento). Em tempos de taxa básica de juros elevada, o CBD se torna mais atraente. Ainda que flutue, existem documentos oficiais que dão pistas de como os juros deverão se comportar (como o Boletim Focus).
Como funciona o CDB híbrido?
Combina as duas modalidade anteriores. Uma parte do rendimento é atrelada a um indexador, como a taxa Selic. Outra parte fica atrelada a uma taxa pré-fixada. Essa é uma forma de oferecer certa estabilidade ao investidor, sem rechaçar a possibilidade de auferir ganhos maiores com a variação da taxa de juros pós-fixada. Costuma agradar investidores com apetite moderado ao risco.
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Liquidez e rentabilidade do CDB
Ao avaliar a aquisição de um título como o CDB, a rentabilidade não pode ser o único fator observado pelo contratante, ainda que ela seja crucial. Via de regra, títulos como o CDB pós-fixado oferecem liquidez diária e por isso aparecem como uma opção de reserva de emergência. Isto é, são mais fáceis de serem vendidos antes do vencimento, no caso de imprevistos.
É preciso entender que existem produtos de renda fixa que apresentam liquidez diária enquanto outros têm liquidez no vencimento. Via de regra, o CDB é um ativo com vencimento, de modo que a remuneração contratada é garantida pela instituição desde que haja o cumprimento do prazo.
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Outra característica é a maior rentabilidade para produtos com investimentos mínimos mais altos. Em outras palavras: quanto maior for o investimento inicial, maior costuma ser o retorno financeiro. Ainda assim, investidores com poder financeiro reduzido podem encontrar o produto a partir de R$ 30. O valor mínimo, porém, varia de acordo com a instituição financeira.
Alguns impostos incidem sobre o valor investido. Caso o investidor aplique o seu dinheiro em CDB e decida, por exemplo, retirar em menos de 30 dias, deverá pagar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) relativo ao valor — taxa que pode chegar a 96% para um dia de aplicação. Esse é mais um motivo para que o investidor se organize para não precisar do dinheiro antes do término do contrato.
O Imposto de Renda (IR) também incide sobre o CDB de maneira regressiva, reforçando o caráter de longo prazo do investimento. Enquanto resgates em até seis meses descontam alíquota de 22,5%, os saques iguais ou superiores a dois anos têm incidência de IR pela alíquota de 15%.
O CDB também possui cobertura de R$ 250 mil pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Dessa forma, caso a instituição escolhida para aplicação não possa arcar com seus débitos, o investidor recebe o dinheiro de volta, até esse valor limite.
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Antes de comprar qualquer produto (mesmo os mais seguros), a consulta a um especialista em finanças é sempre recomendada. Desse modo, não só as necessidades do cliente são identificadas, como o perfil do investidor também será levado em consideração na hora de escolher o CDB que melhor se adequa a ele.