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Americanas (AMER3) conclui investigação e diz como fraude de R$ 25 bilhões foi operada; confira

Caso levou à prisão de diretores da varejista e a um processo de recuperação judicial da companhia

Americanas (AMER3) conclui investigação e diz como fraude de R$ 25 bilhões foi operada; confira
Fachada de loja da Americanas (Foto: PEDRO KIRILOS/ Estadão Conteúdo)

A Americanas (AMER3) concluiu a investigação realizada pelo seu comitê independente sobre a fraude contábil que gerou um rombo de R$ 25,3 bilhões, mostra documento enviado ao mercado no fim da noite desta terça-feira (16). Segundo a companhia, as evidências apresentadas pelo comitê confirmam a existência de fraude contábil.

A pratica era realizada com a criação de contratos fictícios de verbas de propaganda cooperada (VPC), além do lançamento incorreto no balanço de operações financeiras conhecidas como “risco sacado” e outras operações fraudulentas.

“Os responsáveis por comandar ou orquestrar as fraudes identificadas não mais integram os quadros da companhia. Diante das evidências apresentadas pelo comitê e sem prejuízo das medidas já tomadas até esta data com relação a tais fatos, o Conselho de Administração orientou a Diretoria da companhia, juntamente com seus advogados, a tomar as providências necessárias para a comunicação às autoridades competentes, como o Ministério Público Federal, Polícia Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”, diz a varejista.

A Americanas também informa que seu Conselho de Administração orientou a diretoria para avaliar as medidas a serem adotadas para a defesa dos interesses sociais da empresa e o ressarcimento pelos prejuízos a ela causados.

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No fim de junho, a Justiça brasileira decretou a prisão do ex-CEO da companhia, Miguel Gutierrez, por suspeita de fraudar o balanço da empresa. Gutierrez chegou a ser preso na Espanha, mas foi liberado após esclarecimentos. Vale lembrar que Gutierrez tem cidadania espanhola.

A Polícia Federal também emitiu um mandato de prisão para Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora da companhia. A brasileira, suspeita de causar um rombo de R$ 25,3 bilhões na Americanas (AMER3), se entregou no dia 1° de julho, mas não foi presa. Ela apenas entregou o passaporte e se mostrou à disposição da Justiça.