A agenda econômica desta quinta-feira (19) destaca mais decisões de bancos centrais, como o Banco da Inglaterra (BoE) e o Banco da China (PBoC), um dia após o encerramento das reuniões do Banco Central (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No mercado financeiro hoje, há também os desfechos das políticas monetárias da Turquia, África do Sul e do Banco do Japão (BoJ) – esse já na madrugada de sexta-feira (20).
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Ainda na agenda hoje, investidores brasileiros acompanham a arrecadação federal de agosto e os números do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) do segundo decêndio de setembro. O Tesouro faz leilões de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa). Já nos EUA, saem os pedidos de auxílio-desemprego e vendas de moradias usadas.
Confira os 4 assuntos para ficar de olho no mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
As bolsas registram alta no mercado futuro em Nova York e na Europa – veja detalhes aqui -, um dia após o Fed iniciar o ciclo de afrouxamento monetário.
Esse otimismo leva à queda do dólar frente ao euro, libra e moedas emergentes ligadas a commodities, embora a moeda americana permaneça forte em relação ao iene.
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Na zona do euro, a inflação dos serviços continua elevada, segundo a dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa da Fox News mostra Kamala Harris com 50% das intenções de voto para a presidência, enquanto Donald Trump aparece com 48%.
Juros
Embora o presidente do Fed, Jerome Powell, tenha adotado um tom cauteloso, o mercado segue otimista, esperando mais cortes, totalizando 75 pontos-base até o final do ano, segundo a plataforma do CME Group.
Mais cedo, havia uma probabilidade de 50% de a taxa básica americana passar de 4,75%-5,00% para o intervalo de 4,00%-4,25%. Na quarta-feira (18), essa previsão era de 42,2%.
O BoE manteve seus juros em 5,0% ao ano após concluir reunião de política monetária desta quinta-feira. A decisão veio em linha com as expectativas de analistas consultados pelo Broadcast.
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No Brasil, o mercado reage ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), considerado mais duro (hawkish), e ao otimismo no exterior após a decisão do Fed de cortar os juros. O Banco Central elevou a taxa Selic em 25 pontos-base, para 10,75%, em uma decisão unânime, conforme esperado.
Commodities
Após um dia de grandes perdas, com o minério de ferro caindo acima de 4%, a commodity fechou em alta de 1,69% nesta quinta-feira, em Dalian, na China. O petróleo também opera na parcela positiva, com ganhos em torno de 1,00%.
Mercado brasileiro
O mercado doméstico ajusta-se ao comunicado do Copom e ao otimismo no exterior após a decisão do Fed de cortar os juros.
O Ibovespa deve registrar ganhos, impulsionado pela valorização das bolsas internacionais e pela alta das commodities. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, subia 1,00% no pré-mercado de Nova York às 7h25.
Os juros futuros de curto prazo tendem a ficar mais pressionados, enquanto a queda nos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e a fraqueza do dólar podem aliviar os juros de longo prazo.
No campo fiscal, as atenções estão voltadas para os números da arrecadação. A expectativa é de que a arrecadação federal com impostos e contribuições atinja R$ 201,2 bilhões em agosto, após R$ 231,04 bilhões em julho, sustentada pelas medidas fiscais aprovadas no ano anterior.
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O Tribunal de Contas da União (TCU) também emitiu um alerta ao Governo Federal sobre o risco de descumprimento da meta fiscal de 2024, com base na arrecadação até 6 de agosto, que foi de apenas R$ 83,35 milhões, ou 0,22% da estimativa anual no mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast