O bitcoin inicia outubro sem forças para conquistar novas faixas de preço após uma valorização de 8,3% no acumulado do mês anterior. Por volta das 10h, a maior criptomoeda apresentou uma desvalorização de 0,21%, sendo cotado a US$ 63,7 mil. Já no acumulado das últimas 24h, a variação da moeda digital foi de uma leve alta de 0,13%, o que sinaliza uma estabilidade nas negociações do mercado.
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Para os próximos dias, outubro não reserva datas importantes ao passo de concentrar as expectativas dos investidores, ao contrário de setembro que teve a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), responsável por dar início à redução dos juros da economia americana. Por outro lado, a divulgação de dados econômicos e pronunciamentos dos membros do Fed podem direcionar o desempenho da moeda digital ao longo mês e ajustar as apostas do mercado sobre o que esperar do cenário macroeconômico para os próximos meses.
“É importante ficar atento a eventos-chave nos EUA esta semana: o relatório de empregos de setembro será divulgado na sexta-feira (4) pode trazer volatilidade no mercado cripto, além de diversos oficiais do Federal Reserve, incluindo o presidente Jerome Powell, que farão pronunciamentos”, informou Julio Andreoni, especialista cripto do Bitybank.
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As eleições presidenciais dos Estados Unidos que devem ocorrer no dia 5 de novembro também devem concentrar a atenção dos investidores ao longo de outubro. Até o momento, o ex-presidente Donald Trump é o candidato preferido dos investidores de criptomoedas. Isso porque Trump se tornou o candidato ideal para o setor em função de sua posição mais favorável para a classe de ativo, enquanto os democratas não possuem uma relação “amigável” com o setor de criptoativos.
Dado a esse cenário, Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio, acredita que o bitcoin deve permanecer entre as faixas de preço de US$ 62.370 e US$ 58.460 caso haja uma continuidade de queda do ativo. Caso contrário, os próximos alvos de alta para o BTC estão entre as cotações de US$ 68,2 mil e US$ 70,8 mil. “Diante do cenário atual, o investimento em criptomoedas, especialmente no Bitcoin, continua a se mostrar uma oportunidade promissora para quem busca diversificação e potencial de valorização”, destacou a especialista.
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 10h
Criptomoeda | Ticker | Cotação | Variação em 1h | Variação em 24h |
Bitcoin | BTC | USD 63.768,01 | ▼ 0,21% | ▲ 0,13% |
Ethereum | ETH | USD 2.630,31 | ▼ 0,27% | ▲ 0,6% |
Tether USDt | USDT | USD 1,00 | ▼ 0,0% | ▼ 0,03% |
BNB | BNB | USD 577,97 | ▼ 0,1% | ▲ 0,7% |
Solana | SOL | USD 156,70 | ▼ 0,29% | ▲ 1,09% |
Fonte: Portal do Bitcoin |
Setembro: um mês de ganhos
Nos primeiros dias de setembro, o bitcoin não demonstrou forças para ultrapassar a faixa de preço dos US$ 60 mil. Desde o primeiro dia do mês até o dia 13 de setembro, a maior criptomoeda em valor de mercado oscilava dentro do intervalo de US$ 57,3 mil a US$ 58,4 mil. Mas com a proximidade da reunião do Fed, esse fraco desempenho ficou para trás com as expectativas dos investidores para o início do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos.
A decisão dos membros do Fed que resultou no corte de 0,50 pontos porcentuais da taxa de juros veio em linha com as estimativas do mercado ao passo de garantir uma valorização do bitcoin na segunda metade de setembro. “A decisão do FED trouxe volatilidade para o Bitcoin e as Altcoins e impulsionou os preços. Por esse motivo, esse foi o melhor setembro para o Bitcoin, que encerrou o mês no positivo com +8.36% e marcou o melhor setembro de todos os tempos no histórico de valorização mensal da criptomoeda”, ressaltou Matos.
O comportamento acontece porque a queda dos juros tende a criar um ambiente mais favorável para os ativos de risco, como as criptomoedas, à medida que os investidores buscam investimentos capazes de entregar retornos mais elevados do que a renda fixa.
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