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Para onde vai o dólar neste final de ano e início de 2025? Veja cinco projeções

Especialistas veem câmbio pressionada pela política fiscal no Brasil e pelas eleições nos EUA

Para onde vai o dólar neste final de ano e início de 2025? Veja cinco projeções
Eventos que vão definir a direção do dólar incluem as eleições americanas, China e, internamente, as atenções se voltam para a política fiscal brasileira. (Foto: Adobe Stock)
  • Apesar da instabilidade, cenário provável é de valorização do real frente ao dólar neste final de ano
  • Cenário mais estressado, no entanto, impulsionado por políticas antimercado nos EUA e deterioração fiscal no Brasil, podem fazer o câmbio bater os R$ 6
  • Dólar deve ser encarado como uma proteção de portfólio para investidores brasileiros

As projeções para o câmbio de cinco casas ouvidas pelo E-Investidor para o final de 2024 e início de 2025 convergem em torno de um cenário influenciado por fatores domésticos e externos. A perspectiva do dólar para o final de 2024 é de apreciação do real, numa faixa de câmbio mais próxima de R$ 5,40 a R$ 5,50. Hoje a moeda norte-americana oscila na faixa de R$ 5,70.

Os principais eventos destacados incluem as eleições americanas, que podem gerar volatilidade, especialmente diante de uma possível vitória de Donald Trump. Internamente, as atenções se voltam para a política fiscal brasileira. Confira abaixo as projeções:

RB Investimentos – R$ 5,40

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, projeta que o câmbio deve chegar a R$ 5,40 ao final de 2024. Segundo ele, a recente instabilidade política e o cenário fiscal pressionaram a moeda brasileira frente a outras de países emergentes. No entanto, Cruz destaca a possibilidade de valorização do real, considerando a expectativa de duas altas de 0,50 pontos na taxa de juros pelo Copom, combinada com o anúncio do pacote fiscal pelo governo e dos dois cortes de 0,25 nos juros dos EUA. “Por mais que a gente tenha toda a instabilidade, é difícil não colocar uma valorização como cenário mais provável”, diz.

No início de 2025, a tendência é de que o câmbio permaneça próximo desse patamar, dependendo da recepção do mercado às medidas fiscais no Brasil. A transição para o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também será um fator de atenção, apesar da expectativa de que o novo comando manterá a atual política de elevações graduais, em 0,5 pontos na taxa de juros para evitar incertezas no mercado. O cenário de eleição de Trump nos EUA, por outro lado, pode pressionar o real.

Nomad – Cenários de câmbio entre R$ 5,25 e R$ 6,00

A Nomad apresenta três cenários para a evolução do câmbio até o final de 2024, levando em consideração um contexto de alta incerteza tanto no cenário doméstico quanto internacional. Segundo o economista-chefe Danilo Igliori, no cenário base espera-se uma apreciação moderada do real, com o câmbio chegando a R$ 5,45. Esse cenário assume que não haverá novos eventos climáticos extremos, que os conflitos geopolíticos não se agravem, e que as taxas de juros nos EUA e no Brasil estarão em 4,25% e 11,75%, respectivamente, em dezembro de 2024.

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Em um cenário mais estressado, impulsionado por fatores como intensificação dos conflitos, políticas econômicas antimercado nos EUA, ou deterioração fiscal no Brasil, o câmbio poderia subir para R$ 6,00. Por outro lado, em um cenário otimista, caso o Brasil anuncie cortes de gastos mais críveis, estabilizando a relação dívida/PIB, a Nomad projeta um câmbio em torno de R$ 5,25.

Banco Master – Cenários de câmbio entre R$ 5,70

Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, projeta no patamar atual de R$ 5,70 para o final de 2024. No contexto externo, ele destaca a valorização global do dólar impulsionada pelo fortalecimento de Donald Trump nas pesquisas eleitorais dos EUA. Segundo Gala, o mercado antecipa que uma possível vitória do republicano traria tarifas mais agressivas contra a China, elevando a inflação nos EUA e, consequentemente, limitando os cortes de juros pelo Fed, o que favorece a valorização do dólar. Em contrapartida, uma vitória de Kamala Harris, que tem uma postura tarifária menos agressiva, poderia enfraquecer o dólar e fortalecer moedas emergentes como o real.

Internamente, Gala aponta que a apreciação ou desvalorização do real dependerá do pacote fiscal a ser anunciado pelo governo brasileiro. Um plano tímido ou insuficiente pressionaria a moeda brasileira para baixo. Ele também menciona que estímulos mais fortes por parte da China poderiam beneficiar o real, embora os pacotes atuais ainda não tenham gerado grande entusiasmo.

CM Capital – Cenários de câmbio entre R$ 5,35 e R$ 5,50

Matheus Pizzani, economista da CM Capital, prevê que o câmbio deve atingir R$ 5,50 ao final de 2024, num movimento de estabilização no último trimestre. O resultado das eleições nos EUA e ajustes fiscais domésticos, ajudariam a reduzir a volatilidade recente da moeda brasileira.

Para 2025, a expectativa é de uma apreciação do real, impulsionada pelo diferencial entre as taxas de juros interna e externa, tornando o Brasil atrativo para investidores estrangeiros.

No entanto, Pizzani adverte que fatores domésticos, como a relação entre a esfera política e o mercado financeiro, podem limitar essa apreciação. Além disso, novos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio e na Europa, e o resultado das eleições americanas, também são riscos relevantes.

A CM Capital projeta um câmbio terminal de R$ 5,35 para o final de 2025, refletindo uma melhora gradual nas perspectivas para o real.

TAG Investimentos – R$ 5,50 e R$ 6,00

André Leite, CIO da TAG Investimentos, defende que o dólar deve ser encarado como uma proteção de portfólio para investidores brasileiros. Para o final de 2024 e início de 2025, Leite projeta um câmbio entre R$ 5,50, em um cenário positivo, e R$ 6,00, caso o contexto fiscal e eleitoral se agrave. A variação dependerá de eventos de curto prazo, como os rumos da eleição americana e possíveis ajustes fiscais pelo governo brasileiro, que serão cruciais para determinar a percepção do mercado.

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No longo prazo, a visão de Leite se volta para o histórico de empobrecimento do brasileiro desde o período pré-pandemia, quando o dólar estava em torno de R$ 4,00. Ele atribui essa desvalorização a três “assassinatos fiscais”: primeiro, o aumento justificado dos gastos durante a pandemia; depois, as políticas expansionistas do governo anterior para reeleição, com ampliação dos auxílios e subsídios; e, por fim, o início do governo atual com a PEC da Transição e a manutenção dos gastos elevados, sem ajustes estruturais.

Leite defende que a posse de ativos em dólar é uma forma de se proteger contra o empobrecimento resultante da desvalorização da moeda brasileira.

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