A Auren Energia (AURE3) reportou lucro líquido de R$ 270,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 838,1 milhões de igual intervalo de 2023. A diferença entre os resultados se deve principalmente à contabilização, no terceiro trimestre do ano passado, de impostos relativos à indenização por ativos não amortizados da hidrelétrica Três Irmãos.
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De julho a setembro, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 484,3 milhões, aumento de 6,9%, na mesma base de comparação.
No período, a receita líquida alcançou R$ 2,046 bilhões, alta de 25,8% em base anual de comparação, beneficiada pelo aumento de 37,3% no volume de energia comercializada, e à entrada em operação de projetos fotovoltaicos Sol do Piauí e Sol de Jaíba, compensados pela redução de preços médios no segmento hidrelétrico devido ao encerramento de contratos de longo prazo.
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“Em termos de resultado, os números foram bastante expressivos para gente, bastante fortes em comercialização. E com a recessão hídrica, pudemos fazer um bom resultado”, comentou o diretor-presidente da companhia, Fábio Zanfelice.
Ao final de setembro, a dívida líquida da Auren totalizou R$ 2,898 bilhões, crescimento de 156,2%. Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 1,60 vez, o que corresponde a um aumento de 0,98 vez ante a 0,62 vez registrada um ano antes.
Segundo o VP de Finanças e Relação com investidores da Auren, Mateus Ferreira, a empresa fez duas emissões em outubro, após o fechamento do trimestre, para financiar a aquisição da AES Brasil. Com isso, é esperado que a alavancagem da empresa aumente nos próximos trimestres.
O executivo explicou, ainda, que a companhia tinha R$ 5,2 bilhões em caixa ao final do terceiro trimestre do ano e, com o ingresso dos recursos captados no mercado, esse montante aumenta para aproximadamente R$ 13 bilhões. E, caso os acionistas da AES Brasil optem por receber em dinheiro, o desembolso na operação seria de R$ 7 bilhões. “É uma dívida que pode ser pré-pagável a qualquer momento, sem custos adicionais”, explicou.