As ações do Magazine Luiza (MGLU3) lideram os ganhos do Ibovespa, em dia marcado pelas expectativas em relação ao pacote de corte de gastos do governo. Às 14h43 desta segunda-feira (4), os papéis da varejista sobem 9,48% cotados a R$ 9,70, depois de oscilarem entre máxima a R$ 9,84 e mínima a R$ 9,14.
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Empresas mais sensíveis ao ciclo econômico, também chamadas de cíclicas, como o Magalu, figuram entre os principais destaques positivos do dia, beneficiadas pela queda dos juros futuros, diante da espera pelo pacote fiscal do governo. O movimento foi impulsionado pelo cancelamento da viagem à Europa que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faria nesta semana.
Ao final da manhã, o próprio Haddad confirmou que as medidas deverão ser anunciadas nesta semana. Embora ainda haja muita incerteza quanto ao alcance do esforço fiscal, os ativos domésticos operam com otimismo nesta segunda-feira. O Ibovespa sobe 1,62% aos 130.199,33 pontos, enquanto o dólar recua 1,68% a R$ 5,771, em correção, após ter fechado a R$ 5,8694 na última sessão.
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Além de se beneficiarem do melhor humor local, as ações do Magalu também são favorecidas pelas expectativas em relação ao balaço do terceiro trimestre da varejista, que deve ser divulgado na quinta-feira (7) após o fechamento do mercado. Já na sexta-feira (8) pela manhã, ocorre a teleconferência de resultados.
Na visão da XP Investimentos, a empresa pode reportar números melhores no terceiro trimestre, com crescimento de receita acelerando e margens melhorando, o que reforçaria o foco da companhia na rentabilidade, frente a um cenário macroeconômico desafiador.
A corretora espera que o GMV (volume bruto de mercadorias) total do Magalu cresça 5% na comparação anual, mais uma vez apoiado por um forte desempenho em lojas físicas. Já as vendas dos canais 1P (varejista de fora vende um produto na plataforma do Magazine Luiza e o vendedor fica responsável pela entrega) e 3P (produto é vendido e entregue pelo Magalu) devem aumentar em 2% e 2,5%, respectivamente.
No quesito de rentabilidade, a XP estima que a margem bruta suba 0,6 ponto percentual ano a ano, enquanto a margem Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada deve ficar em 7,8%, o que representa um avanço de 2,2 pontos percentuais na comparação anual refletindo alavancagem operacional e controle das despesas gerais e administrativas.
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Por fim, a casa espera que o lucro líquido do Magazine Luiza atinja R$ 20 milhões no terceiro trimestre de 2024, beneficiando-se da redução das despesas financeiras e da melhora dos resultados da Luiza Cred, braço de serviços financeiros da empresa.
