- Os dividendos globais bateram US$ 431,1 bilhões no terceiro trimestre de 2024, um novo recorde para o intervalo entre julho a setembro
- Os dados da nova edição do Janus Henderson Global Dividend Index mostram que o ranking de maiores pagadoras de dividendos do mundo tem uma nova protagonista: a China
- Apenas a americana Microsoft aparece no meio do Top 5 formado por quatro empresas chinesas; veja o ranking
Os dividendos globais bateram US$ 431,1 bilhões no terceiro trimestre de 2024, novo recorde para o intervalo entre julho a setembro e um crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2023.
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Os dados da nova edição do Janus Henderson Global Dividend Index foram divulgados pela gestora global nesta quinta-feira (21) e mostram que o ranking de “vacas leiteiras” tem uma nova protagonista: a China.
As empresas chinesas distribuíram US$ 44,6 bilhões a seus acionistas, um salto de 12,3% na base subjacente. Com o crescimento, as companhias da China lideram o ranking de maiores pagadoras de dividendos do mundo, ocupando quatro das cinco primeiras posições. A líder global é o China Construction Bank Corporation, com US$ 13,5 bilhões, seguidos pela China Mobile Limited (US$ 6,86 bilhões) e a Petrochina (US$ 6,83 bilhões).
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Mas três quartos do aumento global em dividendos na China vieram da Alibaba, que começou a distribuir dinheiro aos acionistas pela primeira vez em 2024 e já pagou US$ 4,26 bilhões, o 5º lugar global.
A única americana do topo do ranking é a Microsoft (US$ 5,57 bi), mas isso não significa que os dividendos pagos pelas empresas dos Estados Unidos estejam caindo. O Janus Henderson Index mostra que 96% das companhias do país aumentaram os pagamentos no 3T24. A estreia de Meta e Alphabet como pagadoras deu impulso ao montante, que subiu 10% na base subjacente. Veja o ranking:
Apesar da alta global no 3º tri, o ritmo de crescimento nos valores pagos a acionistas foi inferior ao de trimestres anteriores. Segundo a Janus Henderson, grandes cortes no pagamento de 5 empresas acabaram limitando o crescimento mais forte ao redor do mudo. A redução veio principalmente da Evergreen Marine, em Taiwan, e da Glencore, no Reino Unidos. Se essas duas companhias tivessem mantido o ritmo de distribuição de dividendos, o crescimento global teria sido duas vezes mais rápido.
Dado o nível mais baixo de dividendos extraordinários no terceiro trimestre, Janus Henderson reduziu sua previsão para 2024 para US$ 1,73 trilhão de dólares. Isso representaria um aumento nominal de 4,2% em comparação com 2023; antes, a projeção era de um crescimento global de 4,7%.
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Jane Shoemake, gestora de carteira de clientes da equipe de dividendos de ações globais da empresa, afirma no relatório que, até agora, as preocupações de que taxas de juro mais elevadas pudessem causar uma pressão significativa na economia global têm sido equivocadas. “As empresas relatam que está ficando mais fácil refinanciar dívidas e que os bancos estão bem capitalizados e gerando bons retornos, mesmo quando as taxas de juros caem, com as dívidas incobráveis permanecendo sob controle. A rentabilidade das empresas na maior parte do mundo parece robusta e implica que o crescimento dos dividendos pode continuar até 2025”, explica.