O desempenho do bitcoin (BTC) rouba a atenção dos investidores que buscam retornos expressivos em meio à depreciação dos ativos de renda variável no ambiente doméstico. Mas a partir desta sexta-feira (13), os brasileiros terão mais um motivo para considerar a moeda digital na carteira: a distribuição de dividendos.
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Isso porque iniciam hoje na B3 as negociações do COIN11 – o primeiro ETF (Exchange Traded Fund, fundo atrelado a uma carteira de ativos que busca um retorno semelhante a um índice de referência) da Bolsa de Valores brasileira que promete pagar proventos mensais atrelados ao bitcoin. Segundo a Buena Vista, gestora responsável pela inovação, a expectativa é que o novo produto de investimento ofereça um retorno em dividendos em torno de 24% ao ano.
“Sabemos que o segmento de dividendos continua se destacando no mercado financeiro brasileiro. Por isso, unimos esse benefício ao acesso simplificado ao mercado de criptomoedas, uma vez que o investidor poderá participar dessa vanguarda tecnológica sem a necessidade de gerenciar carteiras digitais”, diz Renato Nobile, gestor e analista da Buena Vista Capital.
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O fundo possui uma taxa de administração de 0,98%, além de uma estrutura mais simples de tributação dos proventos. Segundo a gestora, os investidores não terão a necessidade de emitir uma Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) para pagar a alíquota de 15% sobre os dividendos. Além disso, o COIN11 vai replicar o desempenho do índice americano NEOS Bitcoin High Income Index, da Neos Funds.
O novo ETF de criptomoedas não é a única novidade da Buena Vista. Nesta sexta, a gestoa também lança o ETF IWMI11 que possui uma estratégia voltada para as small caps americanas – empresas com valor de mercado entre US$ 30 milhões a US$ 2 bilhões. O fundo de índice seguirá o NEOS Russell® 2000 High Income, que mede o desempenho das 2 mil menores empresas americanas do Russell 3000. E assim como o COIN11, pagará dividendos mensais para os investidores.
A taxa de administração do fundo será em torno de 0,83% e terá uma tributação fixada em 15% sobre os proventos. “É nítido como os investidores brasileiros estão percebendo o potencial dos ETFs como uma forma de diversificar suas carteiras de maneira prática e eficiente. Por isso, continuaremos trabalhando para permitir investimentos em setores e ativos internacionais sem a necessidade de sair do País”, conclui Nobile.