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Juros futuros passam por correção com dólar e piora nas estimativas de inflação; veja

Taxas foram às mínimas com a notícia de que Trump pode ter política comercial menos restritiva

Juros futuros passam por correção com dólar e piora nas estimativas de inflação; veja
Juros. (Foto: Adobe Stock)

O mercado futuro de juros dá continuidade ao movimento da última sexta-feira (3) e iniciou a semana com redução de prêmios em toda a extensão da curva.

Embora os próximos dias sejam de agenda relevante para o mercado, a escassez de notícias hoje se somou ao enfraquecimento do dólar, o que favoreceu nova correção das taxas, com maior ênfase nos vencimentos longos.

O relatório Focus voltou a trazer piora nas estimativas para inflação e juros, mas não foi impeditivo para a correção. “Estamos em um ponto em que, tecnicamente, as projeções não estão conversando com os fundamentos. Há questões bastante preocupantes, mas o dólar e os juros estão esticados demais, com projeções de concretização improvável”, afirma Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, para justificar a correção dos excessos dos últimos dias, quando os contratos de juros futuros chegaram a marcar 16%, diante de uma taxa Selic hoje de 12,25%, com mais dois ajustes de 1 ponto contratados pelo Banco Central.

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Um dos pontos de destaque do dia, que levou as taxas às mínimas, foi a notícia de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, planeja implementar uma política comercial menos restritiva do que havia proposto durante a campanha.

As taxas dos Treasuries (títulos da dívida americana) caíram às mínimas do dia, assim como o dólar e, como consequência, os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) chegaram a exibir quedas superiores a 20 pontos-base na ponta longa. Trump negou a veracidade das informações e os ativos abandonaram as melhores marcas do dia.

Para o economista-chefe da Blue3 Investimentos, Roberto Simioni, até o dia 20, quando Trump tomará posse, o mercado deve estar suscetível à volatilidade, em um ambiente de liquidez reduzida. “Trump, como empresário que é, sabe que não pode prometer endurecimento em questões como as tarifas e não cumprir, sob pena de perder credibilidade”, afirma.

Segundo ele, a semana será mais técnica e não deverá ser tão “agressiva”, porque muitos agentes ainda estão fora do mercado e o clima é de expectativa pelas primeiras medidas de Trump, que segundo ele não devem demorar mais que duas ou três semanas.

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Às 12h26, os juros de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 tinha taxa de 15,030%, ante 15,084% do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2027 projetava 15,38%, contra 15,50% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2029 estava em 15,15%, de 15,33%. E a de janeiro de 2030 era de 15,02%, contra 15,19% do ajuste de sexta-feira.