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Azul (AZUL4) e controladora da Gol (GOLL4) assinam acordo para combinação de negócios

Acordo representa fase inicial de processo de negociação entre as duas companhias

Azul (AZUL4) e controladora da Gol (GOLL4) assinam acordo para combinação de negócios
As ações da Azul (AZUL4) tiveram a pior performance do Ibovespa em 2024. Foto: Adobe Stock

A Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4) informaram, por meio de fato relevante, que a Abra e a Azul assinaram, hoje, um Memorando de Entendimentos (MoU) não vinculante com o objetivo de explorar uma combinação de negócios das duas companhias aéreas no Brasil.

De acordo com a Gol, o acordo com a Azul representa uma fase inicial de um processo de negociação entre a Abra, que a controla, e a Azul para explorar a viabilidade de uma possível transação.

A Gol diz que isso não tem impacto na estratégia, na condução dos negócios ou nas operações rotineiras da Gol e que continua focada em concluir as etapas restantes dos seus procedimentos do Chapter 11, com o objetivo de emergir de seu processo de reestruturação como uma companhia independente e capitalizada.

Conforme o MoU, a transação entre a Gol e Azul estaria sujeita à consumação do plano de reorganização da primeira empresa, além de outras condições e aprovações. Caso a transação seja consumada, é esperado que as duas companhias mantenham suas marcas e seus certificados operacionais de forma independente.

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“A Abra e a Azul também concordaram no MoU com um princípio comercial de que qualquer combinação resultará em uma alavancagem líquida da entidade combinada que será pelo menos comparável à alavancagem líquida da Gol imediatamente antes do fechamento da potencial transação”, diz o documento.

A Azul afirma ainda que o MoU descreve os entendimentos das partes sobre a governança da entidade resultante da operação e reforça o interesse das empresas em continuar as negociações em relação à proposta de troca de ações e outras condições.

Se a transação for implementada, a Azul e a Gol manterão seus certificados operacionais segregados sob uma única entidade resultante listada, sendo esperado que outras áreas sejam combinadas para oferecer mais oportunidades e produtos aos clientes e obter ganhos de eficiência.

O fechamento da operação está sujeito à concordância entre a Abra e a Azul quanto aos termos econômicos da operação, à conclusão satisfatória da due diligence, à celebração de acordos definitivos, à obtenção de aprovações corporativas e regulatórias (inclusive da autoridade antitruste brasileira), ao cumprimento das condições habituais e ao recebimento, pela Abra, da devida contraprestação correspondente.

CEO da Azul: fusão com Gol tem chance de ser concluída até final do ano

O CEO da Azul, John Rodgerson, disse ao Broadcast na noite desta quarta-feira (15) que a fusão com a Gol que está sendo negociada com a Abra, dona da Gol e da Avianca, cria uma empresa mais forte e tem chance de ser concluída em 2025, mais para o final do ano.

“Uma empresa forte como a resultante dessa fusão acho que qualquer governo deve ter orgulho de uma empresa assim”, disse o CEO da Azul, citando que a Alemanha tem orgulho da Lufthansa e o Chile, da Latam. Para o executivo, o mercado de aviação brasileiro precisa se desenvolver mais, ainda tem custos altos. “Queremos uma empresa forte e a fusão cria essa empresa”, diz.

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A companhia resultante da combinação deve ser uma corporation, ou seja, sem controle definido, sem um dono. O conselho terá três membros da Abra, três da Azul e três independentes.

As empresas vão submeter agora a estratégia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). E passos futuros vão depender da evolução no órgão. “Vamos seguir o calendário do Cade”, disse Rodgerson. As companhias pretendem manter as marcas separadas. “São marcas muito fortes”, disse o executivo.

A nova companhia vai seguir na bolsa, será listada no Novo Mercado e na Bolsa de Nova York. Para o negócio com a Azul avançar, o condicionante é que a Gol saia da recuperação judicial nos Estados Unidos, o Chapter 11. Hoje, a companhia aérea anunciou que pretende sair em maio e está em negociação para levantar US$ 1,87 bilhão.