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Ibovespa hoje: Braskem (BRKM5) salta mais de 8% e Cosan (CSAN3) lidera perdas

Investidores monitoraram no dia o discurso de posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump

Ibovespa hoje: Braskem (BRKM5) salta mais de 8% e Cosan (CSAN3) lidera perdas
O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Divulgação/B3
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  • O Ibovespa hoje fechou em alta de 0,41% aos 122.855,15 pontos, com volume negociado de R$ 11,7 bilhões
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), Assaí (ASAI3) e Yduqs (YDUQ3)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Cosan (CSAN3), Brava Energia (BRAV3) e Raízen (RAIZ4)

O Ibovespa hoje terminou o dia em alta, enquanto o mercado acompanhou o discurso de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ausência de imposição imediata de tarifas de importação a parceiros comerciais trouxe alívio aos mercados e fez o índice da B3 encerrar esta segunda-feira (20) em valorização de 0,41% aos 122.855,15 pontos, com volume negociado de R$ 11,7 bilhões.

Trump ressaltou, em suas declarações, o objetivo de ampliar a riqueza e a soberania dos Estados Unidos. “A era dourada da América começa agora”, disse, logo no início do discurso de posse durante cerimônia no Capitólio, em Washington D.C. O republicano acrescentou que o país será “mais forte e excepcional que nunca” e que trabalhará para trazer a segurança de volta “em cada dia do governo patriota.”

O novo presidente ainda anunciou medidas de militarização e fechamento da fronteira com o México, disse que passaria a tratar os cartéis de drogas como organizações terroristas e voltou a repetir que tomaria o Canal do Panamá. No que se refere ao sistema de comércio internacional, reiterou a intenção de impor tarifas a países estrangeiros.

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Para Paula Zogbi, gerente de research e head de conteúdo da Nomad, o tópico relacionado aos impostos de importação não foi protagonista do discurso de posse. “Esse ponto é especialmente importante para os mercados, porque pode significar choques inflacionários, ainda que de curto prazo. Tarifas de importação tendem a ser repassadas aos consumidores via aumento de preços e o Federal Reserve (Fed) tem encontrado dificuldades em manejar a política monetária para trazer a inflação de volta à meta de 2% ao ano”, explica.

Com a posse de Trump no radar, o dólar hoje fechou em queda de 0,39% a R$ 6,0421. Nesta segunda-feira, o Banco Central (BC) realizou dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, os chamados “leilões de linha”, no valor total de US$ 2 bilhão na modalidade pós-fixado Selic. O dia foi marcado por uma menor liquidez nos mercados, devido ao feriado do Dia de Martin Luther King, que deixou as Bolsas norte-americanas fechadas.

No cenário doméstico, o mercado acompanhou pela manhã mais uma edição do Boletim Focus. A mediana do relatório para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 subiu pela 14ª semana consecutiva, de 5,0% para 5,08% – mais de 0,5 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Já a projeção para a Selic no fim de 2025 ficou estável em 15,0%. Um mês atrás, estava em 14,75%. Por fim, a estimativa para o dólar no final deste ano se manteve em R$ 6,0.

O dia na Bolsa brasileira foi misto para as ações de maior peso na carteira do Ibovespa. Enquanto os papéis da Vale (VALE3) recuaram 0,37%, os ativos da Petrobras (PETR3;PETR4) encerraram em alta: os ordinários (PETR3) subiram 0,72% e os preferenciais (PETR4) avançaram 0,24%, na contramão dos contratos futuros de petróleo, que fecharam em queda, com as propostas de Trump para o setor de energia no radar.

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), Assaí (ASAI3) e Yduqs (YDUQ3).

Braskem (BRKM5): 8,45%, R$ 13,74

As ações da Braskem (BRKM5) registraram a maior alta do Ibovespa hoje, terminando o dia em valorização de 8,45% a R$ 13,74. Os papéis da empresa foram impulsionados pela notícia de que a companhia anunciou a execução de sete projetos de R$ 614 milhões para ampliar a capacidade de produção na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Alagoas.

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A BRKM5 está em alta de 18,65% no mês. No ano, acumula uma valorização de 18,65%.

Assaí (ASAI3): 4,81%, R$ 6,1

Outro destaque positivo do dia foram as ações do Assaí (ASAI3), que saltaram 4,81% a R$ 6,1. Em relatório, o Citi reiterou recomendação neutra/alto risco para o papel, ao atualizar o modelo da companhia antes do quarto trimestre de 2024, e cortou o preço-alvo da ação de R$ 9 para R$ 7,10.

A ASAI3 está em alta de 9,91% no mês. No ano, acumula uma valorização de 9,91%.

Yduqs (YDUQ3): 3,61%, R$ 8,89

Quem também se saiu bem no Ibovespa hoje foram os papéis da Yduqs (YDUQ3), que subiram 3,61% e terminaram o dia sendo negociados a R$ 8,89. Ações cíclicas, mais sensíveis aos ciclos econômicos, foram beneficiadas pelo recuo dos juros futuros na sessão.

A YDUQ3 está em alta de 3,98% no mês. No ano, acumula uma valorização de 3,98%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Cosan (CSAN3), Brava Energia (BRAV3) e Raízen (RAIZ4).

Cosan (CSAN3): -6,83%, R$ 7,64

As ações da Cosan (CSAN3) sofreram a maior queda do Ibovespa hoje, terminando a sessão em baixa de 6,83% a R$ 7,64. Os papéis da empresa foram pressionados pela queda das ações de sua controlada, a Raízen. Na última semana, a holding também anunciou que alienou 73.073.795 ações de emissão da Vale, zerando a posição na mineradora.

A CSAN3 está em baixa de 6,37% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 6,37%.

Brava Energia (BRAV3): -6,43%, R$ 23,71

Outro destaque negativo do dia foram os papéis da Brava Energia (BRAV3), que recuaram 6,43% a R$ 23,71. Os ativos acompanharam a movimentação dos contratos futuros de petróleo, que fecharam em queda no dia.

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A BRAV3 está em alta de 0,81% no mês. No ano, acumula uma valorização de 0,81%.

Raízen (RAIZ4): -5,39%, R$ 1,93

Quem também se saiu mal no Ibovespa hoje foi a Raízen (RAIZ4), que cedeu 5,39% a R$ 1,93. Investidores monitoraram dados da prévia operacional da empresa. A companhia processou 13,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no terceiro trimestre da safra 2024/25 (abril de 2024 a março de 2025). O volume representa queda de 26,6% ante igual período da safra anterior.

A RAIZ4 está em baixa de 10,65% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 10,65%.

*Com Estadão Conteúdo