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- O Ibovespa hoje fechou em alta de 0,39% aos 123.338,34 pontos, depois de oscilar entre máxima a 123.441,81 pontos e mínima a 122.289,95 pontos
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Usiminas (USIM5), Brava Energia (BRAV3) e Braskem (BRKM5)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3) e Raízen (RAIZ4)
O Ibovespa hoje abandonou o clima negativo observado pela manhã e terminou o dia em alta. Nesta terça-feira (21), a principal referência da B3 finalizou o pregão em valorização de 0,39% aos 123.338,34 pontos, depois de oscilar entre máxima a 123.441,81 pontos e mínima a 122.289,95 pontos. O giro financeiro foi de R$ 16,6 bilhões. Esse foi o maior nível de encerramento desde 17 de dezembro, então aos 124.698,04 pontos.
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Em dia de agenda esvaziada, os investidores seguiram no aguardo de mais informações sobre os próximos passos do governo de Donald Trump, que tomou posse na segunda-feira (20). “Mercado está atento e em compasso de espera em relação aos anúncios que Trump pode fazer neste início de mandato, já que ele não detalhou como vão funcionar as tarifas de importação, o que aliviou os ânimos, mas deixou o mercado na incerteza”, afirma Rodrigo Cohen, analista de investimentos.
No cenário doméstico, o noticiário continua morno, em meio à espera pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que deve ser divulgado na sexta-feira (24). “Em relação ao Brasil, a gente não tem nada de novo, continua toda aquela decepção com o pacote fiscal, que foi anunciado no novembro. O governo disse que vai cumprir, mas não vem com medidas práticas e isso desanima. A gente está vendo o dólar na mesma faixa, acima de R$ 6”, destaca Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.
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A moeda americana terminou a sessão desta terça-feira em queda de 0,19%, a R$ 6,0307. Pela manhã, o dólar à vista chegou à máxima de R$ 6,0680, mas inverteu o sinal no início da tarde. Segundo operadores ouvidos pelo Broadcast, o real parece se beneficiar do fluxo de recursos externos e ajuste de posições, descolando-se das perdas de outras divisas latino-americanas.
Na Bolsa brasileira, os papéis da Vale (VALE3), de maior peso para o Ibovespa, recuaram 0,50%, destoando do movimento do minério de ferro no exterior. O contrato mais negociado da commodity no mercado futuro da Bolsa chinesa de Dalian, para maio de 2025, fechou em alta de 0,56%, cotado a 804,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 110,17. Já em Cingapura, o minério para entrega em fevereiro de 2025 encerrou estável.
O dia foi negativo para os contratos futuros de petróleo, que fecharam em queda, com o Brent ficando abaixo dos US$ 80 pela primeira vez desde 10 de janeiro. Investidores ainda buscam entender qual deverá ser o impacto do mandato de Trump para o setor de energia. Com o recuo da commodity na sessão, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) encerraram mistas: enquanto os papéis ordinários (PETR3) cederam 0,84%, os preferenciais (PETR4) registraram valorização de 0,03%.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,88%, 1,24% e 0,64%, respectivamente. No retorno do feriado do Dia de Martin Luther King, que deixou as Bolsas americanas fechadas na segunda-feira (20), sinais de que o governo Trump pode adotar medidas tarifárias menos agressivas ajudaram a embalar o humor dos mercados.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Usiminas (USIM5), Brava Energia (BRAV3) e Braskem (BRKM5).
Usiminas (USIM5): 5,36%, R$ 5,31
As ações da Usiminas (USIM5) registraram a maior alta do Ibovespa hoje, terminando a sessão com ganhos de 5,36% a R$ 5,31. Ao Broadcast, o sócio da AAX Investimentos, Rodrigo Brolo, explicou que a empresa está em um bom momentum gráfico. “Com vários indicadores técnicos apontando para alta, pode chegar na faixa de R$ 5,50 a R$ 5,70”, disse.
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A USIM5 está em baixa de 0,19% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 0,19%.
Brava Energia (BRAV3): 4,26%, R$ 24,72
Outro destaque positivo foi a Brava Energia (BRAV3), que subiu 4,26% a R$ 24,72. O movimento foi de recuperação, depois de os ativos da empresa terem tombado mais de 6% na véspera.
A BRAV3 está em alta de 5,1% no mês. No ano, acumula uma valorização de 5,1%.
Braskem (BRKM5): 3,57%, R$ 14,23
Quem também se saiu bem foi a Braskem (BRKM5), que avançou 3,57% a R$ 14,23, estendendo os ganhos das últimas sessões. A empresa anunciou na última semana a execução de sete projetos de R$ 614 milhões para ampliar a capacidade de produção na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Alagoas.
A BRKM5 está em alta de 22,88% no mês. No ano, acumula uma valorização de 22,88%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3) e Raízen (RAIZ4).
BRF (BRFS3): -6,61%, R$ 21,75
Os papéis da BRF (BRFS3) registraram a maior queda do Ibovespa hoje e fecharam o dia em baixa de 6,61% a R$ 21,75. Ao Broadcast, o sócio e analista da Ajax Asset, Rafael Passos, explicou que os papéis foram puxados pelos casos de gripe aviária nos principais estados produtores de frango nos Estados Unidos.
A BRFS3 está em baixa de 14,24% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 14,24%.
Marfrig (MRFG3): -4,04%, R$ 14,95
Na lista de destaques negativos do pregão, ainda estiveram as ações da Marfrig (MRFG3), que cederam 4,04% a R$ 14,95, também pressionadas pelos casos de gripe aviária nos EUA.
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A MRFG3 está em baixa de 12,21% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 12,21%.
Raízen (RAIZ4): -3,11%, R$ 1,87
Para completar as baixas do Ibovespa hoje, os papéis da Raízen (RAIZ4) tombaram 3,11% a R$ 1,87, estendendo as perdas da véspera, quando derreteram 5,39%, após os dados da prévia operacional da empresa decepcionarem o mercado.
A RAIZ4 está em baixa de 13,43% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 13,43%.
*Com Estadão Conteúdo