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
O boletim Focus do Banco Central (BC) trouxe, nesta segunda-feira (17), novas atualizações para os principais indicadores da economia, como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 18ª semana consecutiva, de 5,58% para 5,60% – 1,10 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, era de 5,08%. Considerando apenas as 63 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 5,51% para 5,58%.
A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
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Na última ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) assumiu que o cenário para a inflação de curto prazo está adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industrializados, por sua vez, são pressionados pelo movimento do câmbio.
“Em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em doze meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, diz o BC.
Já a mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu pela oitava semana seguida, de 4,30% para 4,35%. Um mês antes, estava em 4,10%. Considerando apenas as 61 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção se manteve em 4,23%.
O Copom aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 12,25% para 13,25%, na reunião de janeiro, e afirmou que a sua decisão é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.” O colegiado voltou a sinalizar que vai elevar os juros em mais 1 ponto, a 14,25%, no encontro de março.
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O horizonte relevante do Banco Central é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 4,0%, considerando o cenário de referência. A projeção para o IPCA de 2025 é de 5,2%. O balanço de riscos do comitê está assimétrico para cima.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 passou de 3,90% para 4,00%, de 3,90% há quatro semanas. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,78% para 3,80%, o sexto aumento consecutivo, ante 3,58% um mês antes.
Previsões do Focus para Selic
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu estável pela sexta semana consecutiva, em 15,0%. Considerando apenas as 49 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 passou de 15,25% para 15,00%.
A mediana para os juros no fim de 2026 permaneceu em 12,50%. Um mês antes, era de 12,25%. Levando em conta apenas as 47 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, seguiu em 12,50%.
A estimativa intermediária do boletim Focus para o fim de 2027 permaneceu em 10,50%, ante 10,25% quatro semanas antes. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela oitava semana consecutiva.
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