- O volume de operações com títulos públicos atingiu R$ 14,1 bilhões no 1º semestre deste ano. O número de vendas de títulos também superou os resgates em mais de R$ 500 milhões
- O novo ciclo de alta dos juros impulsiona a volta dos investidores ao Tesouro Direto, assim como a preocupação com a alta da inflação - motivo pelo qual os títulos indexados à inflação são os favoritos dos investidores no ano
- No cenário de eleições, o Tesouro Selic é o mais indicado, uma vez que o estresse com os ruídos políticos pode afetar as taxas prefixadas do Tesouro IPCA+ e dos títulos prefixados
Apesar da continuidade da pandemia de covid-19, a conjuntura econômica no Brasil ganhou contornos diferentes em 2021. O Tesouro Direto, que ficou em segundo plano no ano passado com a queda da Selic (taxa de juros básica da economia) para a mínima histórica de 2%, retornou aos holofotes. Hoje há 2,3 milhões de investidores a mais do que em 2020, um patamar de 11,5 milhões de cadastros.
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Somente no 1º semestre deste ano, o volume de operações com títulos públicos atingiu R$ 14,1 bilhões, um salto de 3,92% em relação ao mesmo período de 2020. Em junho, essas negociações atingiram a segunda melhor marca da história para o mês e somaram R$ 2,3 bilhões.
“Ano passado, o Copom (Comitê de Política Monetária) já havia dado sinais de aumento de juros”, diz Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos. “Ao ver notícias sobre a correção de juros, as pessoas naturalmente buscam posições mais conservadoras.”
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O retorno dos investidores ao Tesouro Direto fica ainda mais claro no saldo de vendas líquidas, isto é, nas compras de títulos menos os resgates realizados. Na primeira metade de 2021, as emissões superaram as retiradas em R$ 565,4 milhões. O cenário é bem diferente do que foi desenhado em 2020, quando o inverso aconteceu e houve retirada líquida de R$ 41,20 milhões no período. Em 2019, o montante dos seis primeiros meses também ficou negativo em R$ 11,5 milhões.