Novo fundo busca investir em negócios ligados à web3 (Fonte: Shutterstock)
(Por Aléxis Cerqueira Góis, especial para o E-Investidor) – A poupança é uma aplicação de renda fixa com alta liquidez, segurança e de fácil acesso. Sem prazo de vencimento, carência ou exigência de depósito mínimo, além de resgates que podem ser feitos a qualquer momento e com isenção de taxas e impostos, o ativo é a porta de entrada para o mundo dos investimentos para muitas pessoas.
No entanto, em um cenário com novas regras de remuneração, a taxa Selic em níveis baixos e a inflação com a tendência de alta, a poupança vem perdendo a sua atratividade nos últimos anos. A remuneração da aplicação tem ficado abaixo do índice inflacionário, o que representa uma perda do valor dos recursos investidos ao longo do tempo.
Por outro lado, o mercado financeiro oferece outras opções de investimento de renda fixa de baixo risco com a mesma segurança e garantias, mas com um melhor rendimento do que a poupança. Essas aplicações podem ser acessadas a partir dos bancos e de outras instituições financeiras, sendo necessário apenas ter uma conta corrente aberta.
O Tesouro Direto é uma aplicação financeira oferecida pelo governo federal para a realização de investimentos no Brasil, como obras de infraestrutura, compra de equipamentos e outras ações. Na prática, o programa permite a compra de títulos da dívida pública e, por isso, são chamados de “investimentos livres de risco”.
O investimento pode ser feita a partir de R$ 30. O rendimento do título varia de acordo com os tipos de aplicação, que podem ser prefixados ou pós-fixados e tem a possibilidade de estar atrelados aos índices de inflação e à Selic.
Existem prazos mínimos para resgate, alguns são longos. Contudo, a remuneração sempre é maior do que a obtida com a poupança. Ao contrário dos poupadores, os investidores do Tesouro Direto não estão sujeitos a regras que limitem os juros pagos na aplicação.
As aplicações do Tesouro Direto são utilizadas como forma de guardar as reservas de emergência e até como opção para reunir recursos para a aposentadoria, pois garante um rendimento protegido das perdas decorrentes da inflação – o que não acontece com os recursos aplicados na poupança.
2. LCI e LCA
Quem aplica em LCA contribui para o desenvolvimento do agronegócio. (Fonte: Shutterstock/Valetin Valkov/Reprodução)
Todas essas aplicações contam com proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Isso significa que, em caso de falência da instituição financeira onde o recurso está aplicado, o investidor tem o direito de receber até R$ 250 mil do FGC.
Os recursos da LCI e da LCA são utilizados pelas instituições financeiras para financiar, respectivamente, projetos imobiliários e projetos agrícolas. Após o período preestabelecido, o investidor é remunerado com os juros, de acordo com as características de cada aplicação financeira (prefixada ou pós-fixada).
Essas duas aplicações financeiras têm um investimento mínimo em torno de R$ 5 mil e uma carência para o saque de, pelo menos, 90 dias, de acordo com regras definidas pelo Banco Central do Brasil. Após a carência, os investimentos costumam ter liquidez diária.
3. CDB
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um papel de dívida emitido por bancos com o objetivo de arrecadar recursos para as suas operações de empréstimos e financiamentos. Assim como a poupança, a LCI e a LCA, esse investimento conta com a proteção do FGC no limite de até R$ 250 mil.
Os CDBs são considerados aplicações financeiras de renda fixa com baixo risco. O prazo de vencimento e a remuneração variam de acordo com cada instituição. Em alguns casos, pode haver um prazo mínimo para resgate e, após a carência, a liquidez geralmente é diária.
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Mesmo com a cobrança da alíquota de imposto de renda, o rendimento do CDB pode ser maior do que a poupança. Para garantir isso, o investidor tem de observar as características da remuneração. Geralmente, esses títulos são atrelados à Taxa DI.
4. Letras de Câmbio
Apesar do nome, as Letras de Câmbio (LC) não são títulos relacionados a moedas e suas variações. Os títulos funcionam de uma maneira semelhante aos CDBs, mas são emitidos por instituições financeiras. Essa aplicação de renda fixa é oferecida por sociedades de crédito, investimento e financiamento, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
O investimento é considerado de baixo risco, pois tem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito da mesma forma que a poupança. Entretanto, apresenta um maior rendimento, por poder estar vinculado a taxas prefixadas ou pós-fixadas, normalmente a Taxa DI.
Esses títulos têm prazo mínimo de vencimento e podem ter liquidez diária. No entanto, a possibilidade mais comum é resgatar o investimento somente no vencimento. Sobre o resgate da aplicação, é cobrado imposto de renda, mas a remuneração costuma compensar a cobrança quando comparada à poupança.
5. Fundos de Renda Fixa
Fundos de renda fixa são geridos por profissionais que buscam maximizar os rendimentos. (Fonte: Shutterstock/Who is Danny/Reprodução)
Os fundos de Renda Fixa aplicam os recursos investidos em papéis de renda fixa, como títulos públicos e privados. Para investidores acostumados com a poupança podem parecer mais complexos. No entanto, quem faz a gestão dos ativos são profissionais habilitados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o que dá uma maior segurança e aumenta as possibilidades de ganho desses fundos.
Esses investimentos são ativos completos, de baixo risco e costumam ter uma remuneração acima da inflação. São alternativas conservadoras para quem procura uma boa liquidez com acesso à diversificação de papéis mais sofisticados.
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Os recursos ficam protegidos sob um CNPJ próprio do fundo, portanto, mesmo que a instituição gestora tenha problemas financeiros, o capital investido fica separado e protegido.
Os fundos cobram taxa de administração e também são tributados pelo imposto de renda. É importante ficar atento às características de cada fundo, pois as regras variam bastante entre as instituições e até mesmo entre os investimentos de uma mesma gestora. Mesmo com tudo isso, costumam oferecer um rendimento superior ao da poupança.