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- A crise da aposentadoria é uma preocupação comum em muitas partes do mundo e, infelizmente, afeta de forma ainda mais significativa o público feminino
- Além disso, por termos um perfil mais conservador, o que conseguimos poupar ao longo da nossa vida profissional gera menos retorno
Quantas vezes você já parou para pensar na sua vida após se aposentar? Este nem sempre será o assunto preferido das pessoas. Mas quanto antes nos prepararmos, melhor será.
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A crise da aposentadoria é uma preocupação comum em muitas partes do mundo e, infelizmente, afeta de forma ainda mais significativa o público feminino.
Já é sabido que nós, mulheres, vivemos por um período maior – cerca de 5 anos a mais do que os homens, segundo pesquisa realizada pela BlackRock – e que, frequentemente, ganhamos menos ao longo de nossas carreiras em comparação com nossos colegas do sexo masculino.
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Além disso, por termos um perfil mais conservador, o que conseguimos poupar ao longo da nossa vida profissional gera menos retorno. Essa realidade cria um desafio urgente que precisa ser enfrentado para garantir que desfrutemos de uma aposentadoria segura e digna: as mulheres necessitam de uma reserva financeira maior para sustentar esse período com mais conforto e segurança.
A realidade feminina no mercado de trabalho
É fundamental enfatizar o quão crucial é as mulheres se conscientizarem desde cedo sobre planejamento financeiro. É a partir daí que se compreende a real importância de economizar, investir e se planejar para a aposentadoria ainda jovens. Cursos on-line, presenciais, workshops, livros e e-books sobre o mercado econômico podem ajudar – e muito – nisso.
Estima-se que 40% das finanças das mulheres é mantida em dinheiro, sem formas de investimentos concretos, devido à falta de aprofundamento nessa área. Além disso, de acordo com um estudo da Anbima, apenas 28% das mulheres investem suas economias – entre os homens, esse percentual sobe para 34%.
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Outro dado preocupante é que 64% das brasileiras não guardam dinheiro de jeito nenhum. Entre pessoas do sexo masculino, esse número cai para 58%.
Segundo uma pesquisa da Pnad Contínua em parceria com o IBGE, as mulheres correspondem à maior parte da população fora da força de trabalho (entre trabalhos formais e informais) em todas as regiões do país, o equivalente a 64,7% dos inativos na média nacional. Entre a população desempregada, elas também são maioria: 53,8%.
E, ao saírem, acabam demorando também para retornar ao trabalho – se retornarem.
A crise da aposentadoria afeta de maneira desproporcional o público feminino devido a uma série de fatores, incluindo disparidades salariais, interrupções de renda, expectativa de vida mais longa e falta de educação financeira específica. Para abordar essa questão, são necessários esforços coordenados de governos, sociedade civil e empresas privadas e públicas, entre outros. Só assim garantiremos que as mulheres tenham uma aposentadoria segura e digna.
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O papel da indústria nesse cenário
A indústria precisa abordar e estudar todas essas questões com sua devida atenção e importância. Sobre a desigualdade salarial, por exemplo, o ideal é que as empresas continuem promovendo políticas mais justas, que assegurem a equiparação de salários entre homens e mulheres que realizam as mesmas atividades.
Além disso, a educação financeira direcionada às mulheres e o incentivo à participação ativa na tomada de decisões financeiras são fundamentais.
As gestoras de ativos precisam considerar todos esses fatores ao desenvolver planos de previdência que se adaptem às necessidades específicas das mulheres, levando em conta não apenas a maior longevidade, mas também um padrão de poupança com interrupções (refletindo a realidade que as mulheres entram e saem do mercado de trabalho com mais frequência) e o maior conservadorismo do perfil feminino nos investimentos.
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A indústria de fundos e investimentos também pode desempenhar um papel fundamental na melhoria da aposentadoria das mulheres. Quem criar conteúdos e produtos de aposentadoria que reflitam a realidade feminina será um aliado.