Energia e IPVA: quanto custa ter um carro elétrico em cada estado

No Brasil, adquirir um carro elétrico ainda depende de um alto investimento financeiro. Só para dar dimensão, as opções de entrada para veículos eletrificados são até duas vezes mais caras que opções movidas a combustível. Nesta reportagem, explicamos porque os carros elétricos ainda são opções relativamente caras no Brasil.

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De acordo com o Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Jato do Brasil, Milad Kalume, os valores altos para aquisição são o principal componente para que esses veículos compensem menos financeiramente, ainda que os gastos com manutenção e recarga sejam relativamente baixos.

Mas para aqueles que desejam possuir um veículo elétrico e não se importam quanto ao custo de aquisição, existem duas questões interessantes a considerar: a isenções do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o custo das tarifas de energia elétrica em cada estado. Isso porque os dois fatores são variáveis de acordo com a região em que habita o proprietário.

IPVA para veículos elétricos

Alguns estados e cidades oferecem benefícios para os proprietários de veículos eletrificados, como isenção ou diminuição da alíquota do IPVA.

De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), oito unidades da federação possuem especificações sobre a cobrança de IPVA para veículo elétricos ou híbridos até 2019. São elas: Paraná, Rio de Janeiro, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Pernambuco.

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O Rio Grande do Sul e o Distrito Federal também possuem regras diferentes para esse tipo de veículo. Paraná, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul e Distrito Federal isentam esses veículos nas leis de IPVA estaduais.

No Rio de Janeiro, veículos exclusivamente elétricos pagam alíquota de 0,5% no imposto, ao passo que no Piauí ela é de 1%.

A legislação do Mato Grosso do Sul diz que “o Poder Executivo pode reduzir em até 70% o IPVA devido pelo proprietário ou pelo possuidor de veículo com motor acionado a eletricidade ou a gás”.

Cidades têm direito à metade do IPVA cobrado dos seus habitantes, ao passo que a outra metade vai para os governos estaduais. Por isso, legislações municipais podem oferecer descontos. Em São Paulo, por exemplo, os veículos elétricos são descontados da parcela municipal, uma redução de 50% do valor.

Segundo Kalume, a isenção é um incentivo muito pequeno, tal como isenção de rodízio que também ocorre na cidade de São Paulo. “É melhor que nada, mas é muito pouco”, diz.

Custo da eletricidade

Assim como para os veículos movidos a combustível, o preço para encher o tanque pode variar em razão das regiões, no caso dos elétricos é a mesma coisa. Como o preço da energia varia de forma regional, o gasto com carregamento dos veículos elétricos pode ser mais alto em alguns lugares comparados a outros.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disponibiliza o ranking das tarifas vigentes homologadas para consulta. As médias ponderadas divulgadas pela instituição estão na tabela a seguir na unidade de reais por quilowatt-hora.

Um importante detalhe: os valores não contemplam tributos e outros elementos que fazem parte de sua conta de luz, como Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), PIS/Pasep, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), bandeira tarifária, entre outros.

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