- O último levantamento do MAPA, publicado em 2021, apresentando os dados de 2020, apontou que naquele período haviam 1.383 cervejarias registradas
- O mercado de cervejas no Brasil é bem consolidado, tendo Ambev, Heineken e Petrópolis possuindo mais de 90% de participação de mercado
- Na Copa do Mundo de 2018, por exemplo, houve um crescimento de 20% no consumo de cerveja no mês da disputa do mundial
O Dia da Cerveja, instituído em 2007 em Santa Cruz, na Califórnia (EUA), é comemorado na primeira sexta-feira de agosto, que neste ano calhou de ser no dia 5. A comemoração foi criada por quatro amigos fãs da bebida e com três propósitos: estar com amigos para saborear a cerveja; celebrar aqueles que fabricam e os que a servem; ter o sentido de união mundial com outros que comemoram, com cervejas de todas as nações e culturas.
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Pensando nisso, o E-Investidor resolveu listar três razões para enxergar a bebida à base de malte e lúpulo como oportunidade de investimento.
Novos negócios
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) costumava publicar anualmente um estudo chamado Anuário da Cerveja em que divulgava o crescimento dos registros das novas cervejarias no Brasil.
O último levantamento, publicado em 2021, apresentando os dados de 2020, apontou que naquele período haviam 1.383 cervejarias registradas, sendo a primeira vez que todos os Estados possuíam ao menos uma.
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De lá para cá, a sensação é que o número de novas cervejarias aumentou, mas o crescimento desacelerou devido à pandemia do novo coronavírus, segundo Douglas Salvador, CEO do Clube do Malte, que ressalta que não teve acesso a dados oficiais após a última divulgação.
Conheça aqui a história da Julia Fraga, a mulher à frente do movimento das cervejas artesanais em São Paulo. E nesta outra reportagem, os atletas profissionais do surfe e do skate que criaram marcas próprias de cervejas.
“Uma estratégia de investimento é o equity crowdfunding – espécie de financiamento coletivo –, que recentemente passou por atualizações nas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nosso negócio está sendo construído com um conceito muito forte de comunidade e por isso o crowdfunding foi e continua sendo muito estratégico para a gente”, afirma.
De acordo com Salvador, na primeira captação, em 2019, o Clube do Malte levantou R$ 1,5 milhão e, a partir daí, deu início a um projeto de CRM (gestão de relacionamento com o cliente) com benefícios exclusivos para os investidores e assinantes.
O crowdfunding, além de trazer investimentos para o negócio, ajuda de diversas formas: no consumo dos produtos, na divulgação e na busca por novos seguidores nas redes sociais. Hoje, mais da metade dos investidores do Clube do Malte são clientes recorrentes dos produtos.
Mercado
O mercado de cervejas no Brasil está ocupado, principalmente, por Ambev, Heineken e Petrópolis, juntas com mais de 90% de participação. Mas o cenário da pandemia afetou o consumo, que se concentrou no canal off-trade (pontos de venda como supermercados e lojas de varejo em geral) e agora, passado o pior momento da pandemia, houve forte recuperação do canal on-trad (bares, restaurantes, casas noturnas e clubes).
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“Em 2022, houve forte recuperação de volume. A Ambev divulgou um aumento anual de 8,5% no volume de cerveja vendido no Brasil no segundo trimestre e a Heineken mostrou que o volume vendido no Brasil cresceu entre 20% e 23% no primeiro semestre. Por outro lado, existe potencial de consolidação das cervejarias artesanais”, diz Lucas Pogetti, sócio da RGS Partners.
A XP Investimentos e o Bradesco BBI, aliás, anunciaram suas recomendações de preços-alvos para a Ambev.
O segundo semestre parece ser um momento propício para se investir no setor, isso porque entre novembro e dezembro haverá a Copa do Mundo do Catar. Na última edição da Copa do Mundo, houve um crescimento de 20% no mês da disputa do mundial.
Consumo
Dados divulgados pela Ambev em 28 de julho revelaram que no segundo trimestre de 2022 a cervejeira teve um recorde de venda de Chopp Brahma nos últimos 12 anos no segundo trimestre. Os números superaram as vendas durante as Copas do Mundo da Rússia e a edição do evento esportivo no Brasil, em 2014. O resultado impulsionou a receita da divisão Cerveja Brasil, crescendo 22,7% para R$ 7,9 bilhões.
Por fim, com tantas variedades de marcas, as melhores opções de custo-benefício para o dia da cerveja, segundo Salvador, são as marcas que equilibram qualidade e preço, como Vedett, Baden Baden, Dado Bier, Blue Moon, além das importadas Delirium, Chimay, Pilsner Urquell, 1795, Brewdog, Erdinger e Paulaner.
Para quem mora na Capital paulista, essa reportagem lista 20 endereços para comemorar o Dia da Cerveja.
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