Comportamento

Nubank: número de jovens investidores cresce 1.100% em cinco anos

Além da alta do número de investidores de até 18 anos, os que aplicam em renda variável passou de 5% para 35%

Foto: Divulgação Nubank
  • Segundo levantamento exclusivo para o E-Investidor, o número de jovens de até 18 anos investindo na plataforma Nu Invest (antiga Easynvest), cresceu 1.100% em cinco anos
  • “Abrir uma conta em uma corretora e pensar em uma carteira de investimentos em conjunto é, talvez, a melhor maneira de os pais deixarem um legado financeiro real aos seus filhos. São ensinamentos de educação financeira que eles levarão para o resto da vida”, afirma diretor comercial do Nu Invest.
  • É importante ressaltar que a pesquisa e o estudo sobre finanças  investimentos são necessários independente de idade antes de fazer qualquer aplicação ou mesmo para buscar profissionais capacitados e certificados

O número de jovens investidores de até 18 anos cresceu 1.100% nos últimos cinco anos na plataforma Nu Invest (antiga Easynest), segundo levantamento exclusivo para o E-Investidor. Além disso, 35% do grupo dessa faixa etária está exposto à renda variável, enquanto em 2016, era apenas 5%.

Cada vez mais novos, os investidores entram em contato com conteúdo de educação financeira e finanças que os atraem para investir. No último ano, a quantidade de jovens entre 18 e 24 investindo na Bolsa de Valores por meio da plataforma cresceu 48%.

Além disso, a taxa Selic (taxa básica de juros) estagnada a 2% ao ano entre julho de 2020 e início de 2021 atraiu um grande número de investidores de todas as faixas etárias para a renda variável.

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Segundo Fábio Macedo, diretor comercial do Nu Invest, o crescimento é reflexo da maior conscientização sobre a importância de investir o quanto antes, especialmente porque o tempo é o principal fator para os juros compostos.

“O investidor com menos de 18 anos que optar por produtos de renda variável e puder mantê-los por um longo período pode comprar ações e fundos de investimentos voltados a esse produto já que, com a pouca idade, uma carteira dessas pode ter rendimentos bem positivos em prazos maiores que cinco anos”, afirma Macedo.

Influência digital e doméstica

Assim como as redes sociais passaram a ser importantes fontes de informação, a influência parental nas decisões dos jovens é essencial para que os investimentos sejam feitos de forma segura e responsável. Para isso, a educação financeira deve ser um pilar antes de fazer aplicações.

“Abrir uma conta em uma corretora e pensar em uma carteira de investimentos em conjunto é, talvez, a melhor maneira de os pais deixarem um legado financeiro real aos seus filhos. São ensinamentos de educação financeira que eles levarão para o resto da vida”, afirma Macedo.

O diretor explica que a abertura de conta para menores de 18 anos é simplificada, desde que já tenha conta em banco e envie documentos solicitados. Porém, assim como qualquer faixa etária, é essencial entender qual o perfil de investidor e quais as metas desejadas.

Segundo a pesquisa Raio-X do Investidor mais recente, de 2020, realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro (Anbima) e DataFolha, os investidores entre 16 e 24 representam 18,5%, sendo a poupança o principal ativo. Entre esse grupo, 62,9% investe pelo aplicativo do banco.

Entre esse grupo, jovens, sites, blogs e redes sociais são fonte de informação de 78,2% deles, seguido de amigos e parentes, com 67,3% de respondentes.

Educação financeira desde a infância

É importante ressaltar que a pesquisa e o estudo sobre finanças e investimentos são necessários independentemente de idade antes de fazer qualquer aplicação ou mesmo para buscar profissionais capacitados e certificados.

Para os mais novos, algumas iniciativas como a Olimpíada Brasileira de Educação Financeira possibilita incentivo e ensino do tema para jovens desde o ensino fundamental até o ensino médio.

Seja a partir da mesada ou inclusão das crianças na elaboração do orçamento familiar, o aprendizado sobre finanças pode ser apresentado a crianças a partir de sete anos de idade ou quando o pequeno compreende o conceito de dinheiro, segundo especialistas em educação financeira ouvidos pelo E-Investidor.