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Comportamento

Mais da metade dos brasileiros considera mudar de banco, aponta Google

Pesquisa mostra a relação das pessoas com as instituições financeiras

Mais da metade dos brasileiros considera mudar de banco, aponta Google
Brasileiros têm, em média, contas em 4 bancos diferentes, aponta Google. Foto: Envato Elements

Os brasileiros têm, em média, contas em quatro bancos diferentes, mas consideram apenas dois como os principais, ou seja, aqueles que usam para realizar a maioria das transações. É o que aponta o Think Finance, novo estudo do Google encomendado aos institutos Quantas e Liga Pesquisa.

Mais da metade dos entrevistados (57%) considera trocar a marca do seu banco principal, sendo que 17% afirmaram ver “muitas chances” em mudar sua escolha atual. O público com maior predisposição para realizar a troca está concentrado nas pessoas de classe A (65%), das regiões Sudeste e Centro-Oeste (59%), com idade entre 25 e 34 anos (59%).

Na outra ponta, apenas 8% dos indivíduos ouvidos pela pesquisa relataram ter “nenhuma chance” de mudar de banco principal.

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Ainda segundo o levantamento, os brasileiros conhecem, em média, mais de 20 instituições financeiras e já tiveram algum tipo de relacionamento com pelo menos sete delas. Atualmente, a procura por diferentes contas bancárias se assemelha à época em que as pessoas usavam vários chips em seus smartphones, para conseguir acesso às melhores vantagens ao comprar crédito pré-pago.

Quando o assunto é banco, os consumidores procuram encontrar segurança nas operações, fácil usabilidade e menores taxas praticadas. Na hora de definir qual instituição consideram como a “principal”, os usuários analisam principalmente a frequência de transações, justificativa apontada por 77% dos entrevistados.

Outros fatores levados em consideração para definir a importância da conta são o recebimento do salário, a oferta de crédito e a concentração de seus investimentos.

“Hoje temos quase 190 milhões de brasileiros bancarizados, número que cresceu de forma acelerada durante a pandemia por conta do auxílio emergencial”, afirma Mônica de Carvalho, diretora de negócios do Google Brasil. “O grande desafio das instituições financeiras, sejam elas grandes bancos ou nativas digitais, é conquistar o consumidor que já é cliente de outra marca e se tornar o seu banco principal.”

De acordo com a pesquisa, ao buscar um banco, os brasileiros priorizam a experiência digital. Essa qualidade pode ser observada em instituições que possuem aplicativos para celular seguros e fáceis de usar e possibilitam a realização de todas as movimentações pela internet, sem necessidade de atendimento presencial.

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Em segundo lugar, as pessoas buscam segurança, ou seja, a percepção de que não terão suas contas invadidas e a confiança de que a instituição não irá “quebrar”. Nesse ponto, os bancos tradicionais saem em vantagem na comparação com os nativos digitais, já que os entrevistados enxergam maior solidez nos primeiros.

Outro fator que entra na conta na hora de escolher um banco é o preço das tarifas cobradas. Vantagens como cartão de crédito sem anuidade, taxas de juros baixas, além de isenção ou tarifa menor para manutenção da conta corrente, são atrativos que fazem a diferença para os brasileiros.

Mais um fator de decisão foi apontado: a conveniência gerada pela instituição. As pessoas tendem a preferir contas de fácil abertura que concentrem diferentes funcionalidades em um lugar só. Bancos que possibilitam o recebimento de salário ou de benefícios do governo federal também tendem a se destacar.

Bancões ou opções digitais?

A pesquisa, que ouviu 2.500 brasileiros bancarizados entre abril e maio de 2023, comparou ainda os diferentes motivos que levam os consumidores a preferir um grande banco ou um nativo digital, como o Nubank, que se tornou recentemente a quarta maior instituição financeira do País em número de clientes.

O comparativo mostra que os “bancões” se destacam em atributos como “solidez”, ter “agência física” e permitir “receber salário”.

Já os digitais são normalmente escolhidos por “ter aplicativo”, permitir “movimentações pela internet”, “ter tudo num lugar só”, além de oferecer “cartão sem anuidade” e “facilidade para abertura de conta”.

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Os grandes bancos têm maiores chances de serem os escolhidos por consumidores das classes A e B, enquanto os digitais se destacam na classe C. Já a populações da classe D e E tem relação mais próxima com as instituições tradicionais, como a Caixa Econômica Federal, que permite o acesso a benefícios sociais oferecidos pelo governo.

No que diz respeito à faixa etária e região, os nativos digitais são os favoritos entre os mais jovens, com idade entre 18 e 34 anos, conquistando principalmente os que moram no Norte e Nordeste. Os grandes bancos, por outro lado, aparecem com mais força entre os consumidores com idade acima de 45 anos da região Sudeste.

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