Por que este analista acredita que o bitcoin pode chegar a US$ 73 mil no curto prazo?

O bitcoin hoje sofre uma correção nos preços nesta terça-feira (25) após ganhar um fôlego de 4,5% nos últimos cinco dias.  Por volta das 15h (horário de Brasília), o ativo digital recuava 0,31% no acumulado das últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 88 mil, conforme os dados da CoinMarketCap. A oscilação dos preços do BTC mostra uma establização dos mercados após o estresse o dos mercados, causada pelas incertezas em torno das tarifas de importação dos EUA.

Apesar disso, Kais Altabba, gerente de negócios da Bitget, acredita que há chances de o ativo digital sofrer correções mais agressivas no curto prazo e empurrar o BTC para a região dos 73 mil, o que representaria uma queda de 17% em comparação aos níveis de preços atuais. O risco se baseia no crescimento de posições alavancadas – ou seja, tomando empréstimos para ampliar posição – de traders que apostam na alta do bitcoin para as próximas semanas.

Caso essas projeções não se concretizem, devem desencadear uma liquidação forçada no mercado para evitar mais prejuízos, o que consequentemente iria pressionar o preço dos ativos. “Vários deles estão somente apostando na alta sem definir preço de venda. Há também orders acumulado posições entre US$ 87,5 mil e US$ 90 mil”, diz Altabba.

No entanto, os riscos para o retorno de uma nova tendência de queda não anulam os fundamentos do bitcoin para longo prazo, especialmente com o crescimento do interesse dos investidores institucionais pelo BTC. Os ETFs de bitcoin à vista voltaram a apresentar saldos positivos após cinco semanas consecutivas de resgates.

Entre os dias 13 a 23 de março, por exemplo, os fundos de índice registraram uma captação líquida de US$ 860,64 milhões. “Isso mostra que o mercado tradicional pode estar recuperando o otimismo com a criptomoeda, buscando mais desse ativo no mercado e, consequentemente, elevando o preço do Bitcoin“, avalia Beto Fernandes, analista da Foxbit.