- Depois de atingir a máxima histórica de US$ 68 mil em novembro do ano passado, em 2022, o Bitcoin luta para permanecer entre os US$ 35 mil e US$ 40 mil
- Mas os 35 especialistas em criptos ouvidos pelo Finder.com, entre 28 de março a 11 de abril de 2022, seguem otimistas
- A previsão do grupo, no entanto, é de que o Bitcoin encerre o ano valendo US$ 65,1 mil
A guerra entre Rússia e Ucrânia e seus efeitos têm se refletido diretamente nas cotações das principais criptomoedas do mundo. Depois de atingir a máxima histórica de US$ 68 mil em novembro do ano passado, em 2022 o Bitcoin luta para permanecer entre os US$ 35 mil e US$ 40 mil.
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Mas os 35 especialistas em criptos ouvidos pelo Finder.com, entre 28 de março a 11 de abril de 2022, seguem otimistas. A previsão do grupo é de que o Bitcoin encerre o ano valendo US$ 65,1 mil – antes disso, a principal cripto do mundo deve atingir um pico recorde de US$ 81,6 mil, diz o relatório do Finder.
O otimismo com o Bitcoin, porém, é um pouco menor do que aquele de fevereiro, quando o mesmo grupo de especialistas previa que a criptomoeda encerraria 2022 em US$ 76,3 mil; uma estimativa 15% maior.
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O CEO da plataforma Morpher, Martin Fröhler, fez uma das previsões mais otimistas do grupo. Para ele, “a incerteza política, a inflação e um desejo cada vez maior de possuir ativos não controlados pelo governo impulsionarão o Bitcoin a novos recordes”.
Do lado mais pessimista, o CEO da CoinJar, Asher Tan, estima que o BTC atingirá um pico de US$ 60 mil antes de cair ligeiramente para US$ 56 mil até o final do ano. “Ainda há muita incerteza sobre o desempenho do Bitcoin a curto prazo. Diante dos ventos macroeconômicos contrários, não me surpreenderia ver o Bitcoin passar o ano inteiro oscilando entre US$ 30-60 mil – o tipo de condições terríveis para os comerciantes, mas que recompensa os acumuladores com um prazo de vários anos”, disse ele.
Mesmo assim, 67% do painel acredita que é a hora de comprar Bitcoin. Outros 24% afirmam que é hora de adquirir e segurar o ativo, enquanto apenas 9% acreditam que o momento é mais propício para a venda.
Para 2022, as cinco criptomoedas com maior expectativa de desempenho são Ethereum (87%), Bitcoin (71%), Solana (55%), Avalanche (31%) e Terra (30%).
Até 2025, o painel prevê que o BTC chegará a US$ 179,2 mil; previsão 7% menor do que os US$ 192,8 projetados anteriormente.
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No longo prazo, porém, a revisão foi positiva: até 2030, a estimativa do Finder é que o Bitcoin atinja US$ 420 mil; superior aos US$ 406 mil previstos no relatório do início do ano.
Bitcoin vai perder a liderança?
Embora seja a maior criptomoeda do mundo, o Bitcoin parece estar perdendo terreno para outros criptoativos, como o Ethereum. Na opinião de metade do grupo de especialistas do Finder (50%), o Bitcoin vai perder a liderança do mercado. Outros 38% acreditam que Bitcoin vai continuar a ocupar o posto de “rei das criptomoedas”.
Jeremy Cheah, professor associado de finanças descentralizadas da Nottingham Trent University, acredita que o Bitcoin será ultrapassado como a criptomoeda mais popular, em parte devido às preocupações ambientais que envolvem o processo de mineração dos ativos. “Mesmo que o bitcoin seja mais conhecido e compreendido, ele consome muita energia e sofre com problemas de interoperabilidade e escalabilidade”, aponta o professor.
O cofundador da Tykhe Block Ventures, Ganesh Kompella, também vê o BTC perdendo espaço: “O Ethereum pode superar o BTC em termos de valor de mercado”, diz.
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