- O preço do arroz deve continuar em alta em 2023, seguindo o cenário observado no segundo semestre de 2022, conforme indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP
- A organização informa que o país pode colher a safra mais baixa em 21 anos
O preço do arroz deve continuar em alta em 2023, seguindo o cenário observado no segundo semestre de 2022, conforme indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). A organização informa que o Brasil pode colher a safra mais baixa em 21 anos.
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Entre os fatores que explicam a previsão negativa estão a redução da área destinada à cultura e o clima seco em partes da Região Sul que pode levar a colheita para o menor volume do século, segundo pesquisadores do Cepea.
Na terça-feira (03), a saca de 50 kg do arroz em casca foi negociada a R$ 90,84, no Rio Grande do Sul (maior produtor do grão), de acordo com dados do indicador Esalq/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado (Senar-RS). No mesmo dia do ano passado, o valor era de R$ 62,49, o que representa um aumento de mais de 45%.
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Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do arroz subiu 2,13% nos supermercados do País no acumulado do ano de 2022 até novembro. Considerando as variações por cidade, a maior alta se deu em Porto Alegre (RS), onde o alimento ficou 6,89% mais caro no período.
Para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Brasil, a produção da safra 2022/23 deve cair 3,81% em relação à temporada passada, somando 10,38 milhões de toneladas, enquanto a área de cultura deve diminuir 9,51%.
As projeções mundiais também são negativas. Os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam queda de 2,3% na produção do arroz beneficiado na safra 2022/23 em comparação à colheita anterior, somando 503,3 milhões de toneladas.