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Educação Financeira

Como é definida a quantidade de dinheiro em circulação?

Saiba quantas notas e moedas estão em circulação no Brasil

Como é definida a quantidade de dinheiro em circulação?
Banco Central avalia mercado para emitir novas notas. (Fonte: Shutterstock)
  • Crises econômicas e “entesouramento” estimulam produção de novas notas
  • O Banco Central é quem avalia a quantidade de notas e moedas em circulação

Em setembro de 2020, o Banco Central (Bacen) anunciou o lançamento da cédula de R$ 200 com a imagem do lobo-guará, o terceiro animal mais votado em 2001, quando a instituição fez uma pesquisa sobre espécies para ilustrar novas notas. Foi a sétima cédula lançada na família do real e a primeira com um novo valor em mais de 18 anos. Foram impressos 450 milhões delas, dos quais estão em circulação mais de 96 milhões.

Quando começaram os rumores sobre o lançamento, brasileiros pediram nas redes sociais para que o famoso cachorro caramelo tivesse sua vez. Até o Banco Central do Brasil (BC) entrou na brincadeira.

Na época, a medida gerou especulações de analistas do mercado financeiro e da população. Mas por que a nota de R$ 200 precisou ser criada? Quantas moedas e notas estão em circulação e quais são os critérios para fazer novas? Entenda a seguir.

Como é definida a quantidade de dinheiro em circulação?

O Banco Central é a instituição que gerencia o meio circulante, avaliando quantas notas devem estar à disposição dos brasileiros. Embora avanços como o Pix facilitem as operações financeiras digitais, ainda há lugares no País onde o uso do dinheiro vivo é necessário.

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A instituição diz que o dinheiro em espécie é a principal forma para pagar e receber no Brasil, o que chama de “curso forçado”, que faz que o dinheiro vivo seja aceito e tenha “poder liberatório”, sendo usado de fato.

Fatores como a evolução da economia e dos preços, as mudanças no comportamento da população e o aumento do volume de saques influenciam as tomadas de decisão para a emissão de novas cédulas, de acordo com o próprio BC.

A instituição avalia por onde anda o dinheiro e como está a liquidez dele na economia. Isso é feito quando se monitora a taxa básica de juros (Selic) e se verifica o quanto há disponível nos bancos e nas instituições financeiras no País.

Um exemplo: durante a pandemia de covid-19, o BC notou que as dificuldades econômicas do momento demandavam a emissão de uma nova nota. Com medo de perder economias, o brasileiro estava guardando dinheiro em casa, provocando o “entesouramento”. E a cédula de R$ 200 seria uma forma de gerar menos saques, já que mais dinheiro chegaria para as pessoas em menor quantidade física.

Depois de fabricado, o dinheiro é enviado ao custodiante, que é o Banco do Brasil (BB), organização financeira responsável por distribuí-lo aos outros bancos.

Lançamento da nota de R$ 200,00 em 2020 gerou especulações do mercado e sociedade.
Lançamento da nota de R$ 200 em 2020 gerou especulações do mercado e da sociedade. (Fonte: Shutterstock)

O que acontece com notas avariadas, rasgadas ou falsas?

As notas rabiscadas, sujas e rasgadas são recolhidas quando chegam às agências bancárias, em uma medida chamada de “saneamento do meio circulante”. Depois, as que não servem mais são destruídas.

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Notas falsas também são recolhidas. Daí a importância de conhecer os elementos de segurança de uma cédula verdadeira, como marca-d’água, número escondido atrás dos desenhos, entre outros.

Caso receba uma nota falsa, não passe-a adiante. Leve-a até uma agência bancária e informe o ocorrido para que ela seja recolhida e destruída. Na sequência, exija o recibo de retenção, para evitar problemas.

Quais são as cédulas em circulação?

Até o início de abril de 2022, o BC informou que estavam em circulação — incluindo a de R$ 1, que parou de ser emitida em 2005:

  • R$ 1 — 148.703.834
  • R$ 2 — 1.500.985.343
  • R$ 5 — 639.951.688
  • R$ 10 — 571.281.614
  • R$ 20 — 720.431.011
  • R$ 50 — 1.922.580.531
  • R$ 100 — 1.738.621.336
  • R$ 200 — 96.790.316

Ao todo, circulam no Brasil 7.339.345.673 cédulas, com valor total superior a R$ 315 bilhões. E as moedas também existem aos montes: mais de 28 bilhões, com valor total superior a R$ 7 bilhões.

Por que emitir dinheiro pode ser problemático?

Quando a nota de R$ 200 apareceu, vieram à tona várias dúvidas sobre se isso aumentaria as falsificações e a lavagem de dinheiro, mas o próprio BC avalia que não. Em 2019, por exemplo, a instituição notou queda de 12% na retenção de cédulas falsas.

Quanto à lavagem de dinheiro, o BC informa que a quantidade em circulação é um fator sem relação para que ocorra a prática. O que ajuda a impedir é o controle das cédulas, feito quando se trata de valores em espécie acima de R$ 2 mil. Quando alguém deposita mais de R$ 50 mil em um banco, também precisa informar a origem do dinheiro.

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