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- Ações da WEG estão avaliadas em 34 vezes o lucro e 27 vezes o Ebitda
- No primeiro trimestre de 2024, a WEG reportou uma receita de R$ 8 bilhões, crescimento de 4% em relação ao ano anterior
- Papéis da Fras-le são negociados a 14 vezes o lucro e 7 vezes o Ebitda, com valorização de 60,7% nos últimos 12 mese
A Weg (WEGE3) tem atraído a atenção dos investidores pelo seu desempenho neste ano, analisa a consultoria Nord Investimentos. Com uma valorização de 29,8% até esta quinta-feira (18), e uma alta acumulada de 26,5% nos últimos 12 meses, a performance levou as ações da empresa de equipamentos eletroeletrônicos industriais a alcançarem o maior preço da história.
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A alta recente nos papéis da Weg, segundo o estrategista Fabiano Vaz, pode ser atribuída ao aumento do dólar, que passou de R$ 5,10 para mais de R$ 5,50. Com mais da metade de sua receita proveniente do mercado externo, a empresa, diz Vaz, deve se beneficiar da valorização da moeda americana. “Não é por acaso que, com mais da metade da sua receita vinda do mercado externo, a alta do dólar deve contribuir para os resultados da Weg nos próximos trimestres”, afirma o analista.
Além disso, a Nord Investimentos lembra que também entra nessa conta o potencial da Inteligência Artificial (IA) como um fator de crescimento futuro, especialmente em relação à demanda por equipamentos de eletrificação. “A Weg ainda está muito longe de criar uma IA brasileira, mas a companhia pode aproveitar um pouco dessa corrida tecnológica com a demanda energética dessa indústria por meio dos seus equipamentos e serviços de eletrificação”, pontua Vaz.
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No entanto, as ações da Weg estão avaliadas em 34 vezes o lucro e 27 vezes o Ebitda, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, refletindo uma expectativa de crescimento de 12% no lucro e 14% no Ebitda nos próximos três anos. Isso pode indicar que as ações estão caras em relação ao seu crescimento esperado.
No primeiro trimestre de 2024, a empresa catarinense registrou uma receita de R$ 8 bilhões, marcando um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. O Ebitda foi de R$ 1,8 bilhão, com uma margem de 22%, e o lucro líquido totalizou R$ 1,3 bilhão, um aumento de 2% em comparação com o mesmo período de 2023. Apesar de um início de ano mais fraco, a Weg conseguiu mitigar o impacto negativo por meio do controle de suas despesas, conforme os analistas.
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Para o terceiro trimestre deste ano (3T24), a previsão é de um aumento de cerca de 12% na receita da Weg, embora o crescimento do Ebitda e do lucro seja esperado mais modesto.
Para investidores que buscam ações com múltiplos mais baixos e maior potencial de crescimento, a Fras-le (FRAS3), empresa brasileira sulista líder na fabricação de componentes de fricção e sistemas de freio na América Latina, se destaca como uma alternativa. “É a nova queridinha no setor de transportes”, diz Vaz.
“E, ao contrário do que muitos pensam, a companhia não depende das montadoras. Quase90% da receita provém do mercado de reposição ou aftermarket (autopeças, oficinas, mecânicos, entre outros). Além disso, devido ao seu bom posicionamento no mercado global, cerca de 40% da receita total da Fras-le é dolarizada”, completa o analista. Recentemente, a Fra-sle adquiriu a Kuo Refacciones no México, consolidando sua presença global.
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Para Vaz, a aquisição da Kuo deve levar a um aumento na receita e no Ebitda da Fras-le, com previsões de crescimento médio de 12% no lucro e 16% no Ebitda nos próximos três anos. Atualmente, as ações da Fras-le são negociadas a 14 vezes o lucro e 7 vezes o Ebitda, mesmo após uma valorização de 60,7% nos últimos 12 meses. As ações da Fras-le têm recomendação de compra na carteira Nord Deep Value, que busca ações com potencial de mudança significativa.
Desde o dia 2 deste mês, as ações da Fras-le mostram estabilidade no Ibovespa. Nesta sexta, os papéis da empresa eram negociados a R$ 20,38, uma alta de 0,10%. Em julho, a companhia registrou alta de R$ 4,89. Nos últimos 12 meses, a valorização no mercado salta para 57,98%.
Já a Weg mantém expectativa de crescimento no Ibovespa. Hoje, as ações da empresa catarinense eram comercializadas a R$ 47,50, uma alta de 0,21%. Sua valorização chega a uma alta de 13,33% neste mês e de 25,32% em 12 meses.