- Na última quinta-feira (04), a Vale firmou um acordo de R$ 37,68 bilhões com o Governo de Minas Gerais para reparação dos danos causados em Brumadinho
- De acordo com o BTG Pactual, o valor estipulado entre a mineradora e as autoridades do estado parece favorável à empresa, uma vez que o preço inicial pedido era de R$ 54 bilhões
- A instituição também ressalta que mais que algo puramente numérico, o acordo vem para ‘virar a página’ de Brumadinho
Na última quinta-feira (04), a Vale firmou um acordo de R$ 37,68 bilhões com o Governo de Minas Gerais. O montante é uma indenização ao estado pelos danos causados pelo rompimento da barragem I da Mina Córrego de Feijão, em Brumadinho (MG), que inundou casas, matou 270 pessoas e deixou um rastro de destruição ambiental, que pode levar anos para ser superado.
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De acordo com o BTG Pactual, o valor estipulado entre a mineradora e as autoridades do estado parece favorável à empresa, uma vez que o preço inicial pedido pelo Governo era de R$ 54 bilhões. O banco ressalta, porém, que a visão positiva para o acordo não vem só dos números – o encerramento das negociações representaria uma ‘virada de página de Brumadinho’.
“Trata-se mais de colocar uma questão pendente para trás”, explica a instituição. “A Vale deve ter um re-rating a partir daqui, e continua sendo nossa Top Pick [principais recomendações].”
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Dessa forma, o banco reitera a recomendação de compra para os papéis de mineradora, que estariam ‘inegavelmente baratos’, com preço-alvo de R$ 103. Se considerado a cotação de R$ 89,29, registrada no fechamento da última quinta, a projeção representa alta de 15,35%.
Mesmo com o dispêndio vindo do acordo com Minas Gerais, a Vale deverá distribuir dividendos elevados esse ano, na visão da instituição financeira. “Em suma, mantemos nossa tese de US$ 10 bilhões em dividendos para a Vale em 2021 (yield de 12%), com algum potencial de alta.”