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Fundo Verde reduz posição na Bolsa brasileira e aumenta aposta em dólar; entenda

O fundo de Luis Stuhlberger comenta também expectativas sobre o portfólio do investidor brasileiro

Fundo Verde reduz posição na Bolsa brasileira e aumenta aposta em dólar; entenda
Luis Stuhlberger, responsável pelo fundo multimercado Verde Asset Menagement (Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO)

O fundo Verde apresentou alta de 2,24% em julho, ante avanço de 1,07% do CDI no mesmo período, num movimento puxado pelas posições em ações no Brasil, na inflação implícita brasileira, nas posições de commodities, em posição comprada no real e em juros globais.

As perdas de julho da gestora vieram do hedge (proteção) em bolsa global. No ano, o ganho acumulado entre janeiro e julho pelo fundo é de 7,26%, aquém dos 7,64% do CDI. Os dados constam da carta mensal da gestora Verde Asset, de Luis Stuhlberger, divulgada nesta terça-feira (8).

“Os dados econômicos em geral continuam a evidenciar uma saudável combinação de desinflação com crescimento resiliente. No entanto, um convidado indesejado ameaça voltar para a festa: o preço do petróleo“, destacou a carta, lembrando que o petróleo medido pelo barril do óleo Brent subiu 12,4% em julho, depois de ter subido 5,1% no mês anterior, fechando próximo de US$ 85 o barril.

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O documento afirma que no atual equilíbrio macro, altas de preço de energia são particularmente danosas, pois pressionam a inflação, forçando os bancos centrais a impor taxas de juros mais altas, ao mesmo tempo que prejudicam a renda real do consumidor, impactando nos equilíbrios frágeis para o crescimento econômico.

“A pergunta que se coloca é: o petróleo continuará subindo, e se sim, até onde? Nossa resposta hoje é que sim, há potencial para a alta se estender, dado que o mercado físico de petróleo pela primeira vez no ano mostra de fato um aperto importante nas condições do lado da oferta. Porém não vemos upside [uma alta] substancial, dado que tais condições têm sido criadas por um corte importante de produção da Arábia Saudita”, explicou a carta de Stuhlberger.

Sobre o mercado brasileiro, o documento do Verde afirma que o Brasil seguiu os bons ventos globais em julho. “O mercado de capitais reabriu de maneira importante, tanto do lado de dívida quanto de equity [ações], melhorando as condições de financiamento de várias companhias, após o choque do início do ano. Somou-se a isso nos primeiros dias de agosto o anúncio do Copom de corte de juros de 0,50%, surpreendendo marginalmente o mercado, e já sinalizando, com a curiosa ‘unanimemente’ do comunicado, um corte de mesma magnitude para a próxima reunião”, pontuou.

O Verde acredita que o processo de realocação de portfólio do investidor brasileiro deve ganhar pujança a partir de agora, ajudando a suportar os preços dos ativos locais especialmente ações e crédito. Além disso, os potentes resultados da balança comercial devem continuar ancorando a moeda brasileira, mesmo com menos suporte marginal do diferencial de juros, destacou.

Por fim, a carta explica que o fundo mantém pequena exposição vendida em bolsa global e reduziu sua alocação em bolsa brasileira, após alguns nomes atingirem preços com menor retorno prospectivo. “A posição comprada em inflação implícita no Brasil foi mantida. A posição aplicada em juro real nos EUA foi mantida e zeramos a compra de inflação implícita lá. Iniciamos uma alocação vendida no dólar contra o real, e uma posição comprada na Rúpia Indiana contra o Renminbi Chinês. A posição em ouro foi mantida, assim como a pequena alocação em petróleo.”

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