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Inflação: 6 investimentos certos para se proteger da alta de preços

De Tesouro Direto a ETFs, investimentos diversos podem garantir a manutenção do poder de compra

Inflação: 6 investimentos certos para se proteger da alta de preços
Saiba quais investimentos podem ajudar a superar a inflação (Foto: Envato)
O que este conteúdo fez por você?
  • A inflação é responsável por fazer uma pressão contrário ao rendimento de um investimento. Por isso, vencê-la é desejável.
  • Investimentos relacionados a índices de inflação estão disponíveis no mercado: tesouro direto, títulos privados, fundos de investimentos e até ETFs podem ajudar a diversificar a carteira e surfar a inflação.

Investidores podem ter todo o tipo de objetivo ao fazer suas aplicações: aposentadoria, viagens, educação da família. A lista de opções é longa. Mas não importa qual seja o desejo, todos devem procurar por rendimentos capazes de vencer a inflação.

Em um cenário ideal, valores investidos em qualquer tipo de ativo retornam lucros após determinado período. À simples variação entre o valor inicial e o final desse investimento recebe o nome de rendimento bruto.

Mas sozinha, essa diferença pode não significar ganhos reais. A inflação do período funciona como uma espécie de pressão contrária ao rendimento bruto, porque diminui o poder de compra da população.

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Isso significa que, com a inflação, a mesma quantidade de dinheiro do período em que o investimento foi feito não consegue mais comprar os mesmos bens e serviços no vencimento dele.

O rendimento real de um investimento desconta o impacto da inflação no lucro. Quando ele for positivo, significa que o investidor, de fato, enriqueceu.

Não à toa, diversos tipos de ativos são atrelados a algum índice que calcula a inflação, o que garante aos investidores que seu poder de compra seja preservado. Conheça algumas dessas opções a seguir.

Tesouro IPCA+

O Tesouro IPCA+ é um título de renda fixa, o que significa que as regras de rendimento são definidas no momento da compra. Como o próprio nome sugere, parte do rendimento desse tipo de investimento está atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice de inflação oficial do governo, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se de um título de dívida pública emitido pelo Tesouro Direto. “É uma classe de títulos do governo que trabalha especificamente com a rentabilidade atrelada à inflação mais algum porcentual de rendimento”, aponta Rafael Schincariol, head comercial da Fiduc.

A rentabilidade do Tesouro IPCA+ inclui uma taxa anual definida no momento da aquisição do ativo. Investimentos nesse modelo são chamados de “híbridos”, pois uma parte das condições é pré-fixada (taxa anual) e a outra é pós-fixada (inflação até o vencimento).

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A liquidez do IPCA+ pode variar. O Tesouro Direto oferece opções com pagamento de juros semestrais, recomendada para quem deseja usar os rendimentos para compor a sua renda, e opções sem pagamentos de juros semestrais, mais indicadas para aqueles que não dependem dos rendimentos e esperam acessar o dinheiro apenas no vencimento.

Hoje, o vencimento de uma opção sem pagamento de juros semestrais pode chegar até o ano de 2045.

Renda fixa privada

Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) são títulos de renda fixa privados emitidos por bancos. O primeiro tipo serve para cobrir a necessidade de liquidez das instituições financeiras, enquanto LCIs e LCAs buscam recolher recursos para os setores imobiliário e agrícola, respectivamente.

“Todos eles são títulos que servem para captar dinheiro para o banco, a principal diferença é que esse dinheiro captado vai servir para dar lastro a algum tipo de operação diferente”, indica Schincariol.

Os bancos, emissores dos títulos definem as condições. É possível encontrar opções de CDBs, LCIs e LCAs híbridos no mercado, atrelados à inflação. Todos eles são investimentos de renda fixa.

Um detalhe, no entanto, é importante frisar aqui: embora sejam ativos de renda fixa, não significa que o rendimento é fixo no vencimento.

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“Se o cliente quiser se desfazer desse título antes do vencimento, o rendimento pode variar, principalmente quando existe uma parte pré-fixada e uma parte de inflação atrelada a esse título. O investidor pode ter uma surpresa grande caso se desfaça do título antes do período do vencimento”, indica Schincariol.

Debêntures

Outra opção de renda fixa é a debênture. Também se trata de um título de dívida, mas nesse caso emitido por uma empresa privada, não pelo Estado ou por instituições financeiras — as regras de rendimento são definidas pela empresa. Existem opções de debêntures atreladas à inflação, bem como pré-fixadas ou pós-fixadas.

“Opções interessantes de debêntures são aquelas incentivadas, que garantem isenção fiscal às pessoas físicas compradoras. São dívidas emitidas para a execução de projetos como infraestrutura, energia renovável, transporte e telecomunicações, de interesse do governo e do Estado”, explica Schincariol.

O especialista afirma que, por se tratarem de títulos emitidos por empresas, problemas de caixa no negócio podem afetar o recebimento dos valores. Além disso, as debêntures não possuem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) – veja aqui o que é o FGC e como funciona o pagamento da garantia.

Fundos de investimento

Fundos de investimentos são formados por diversos tipos de aplicações. Neles, os investidores alocam o seu dinheiro e a gestora fica responsável por formar uma “cesta” de ativos variados. E existem opções para quem deseja se proteger da inflação.

Os ativos que compõem essa modalidade, chamada de “fundos de inflação”, são aqueles que trabalham com os ativos de renda fixa mencionados anteriormente. Os gestores do fundo escolhem investimentos como Tesouro IPCA+ e debêntures, LCAs e LCIs atrelados à inflação.

“A gente tem os fundos específicos de inflação, que tem foco em acompanhar o índice de mercado da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o IMA-B, que é uma uma carteira teórica formada por títulos atrelados a inflação”, explica Schincariol.

ETF

Exchange Traded Funds (ETFs), os chamados fundos de índice, são ativos atrelados a algum tipo de índice negociados na Bolsa de Valores. Alguns deles podem estar associados a índices inflacionários. “São ETFs de renda fixa e que vão ter o conceito de buscar acompanhar esse tipo de indicador”, diz Schincariol.

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O head comercial da Fiduc dá o exemplo do ETF It Now ID ETF IMA-B (IMAB11). Segundo o Itaú Unibanco, criador do fundo, são investidos, no mínimo, 95% do patrimônio em Títulos do Índice IMA-B.

Fundos Imobiliários

Fundos de investimentos imobiliários, ou FIIs, são aqueles que têm como objetivo investir em projetos do mercado imobiliário. Eles não seguem um índice de inflação, necessariamente, mas podem funcionar como proteção do patrimônio contra ela.

“Os fundos imobiliários têm uma proximidade muito grande com os índices de inflação por terem correções estabelecidas nos contratos de aluguel, atrelados à inflação também”, afirma Schincariol.

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