

A negociação de títulos prefixados e IPCA+ ficou suspensa no site do Tesouro Direto até às 10h26 desta segunda-feira (11). Esse tipo de interrupção acontece quando os papéis apresentam alguma volatilidade fora do comum.
Publicidade
A negociação de títulos prefixados e IPCA+ ficou suspensa no site do Tesouro Direto até às 10h26 desta segunda-feira (11). Esse tipo de interrupção acontece quando os papéis apresentam alguma volatilidade fora do comum.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Na última semana, as taxas estraram em tendência de forte alta, especialmente nos títulos mais curtos. O juro do prefixado para 2025, por exemplo, avançou de 11,25% para 11,80% – uma subida de 0,55 ponto percentual. Na seara dos indexados à inflação, o juro real do Tesouro IPCA+ para 2026 passou 5,01% para 5,17%.
As escaladas aconteceram na esteira de revisão das expectativas para a inflação. No fim de março, o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto havia sinalizado que o fim do aperto monetário aconteceria em maio deste ano. Entretanto, a subida de 1,62% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março, maior patamar para o mês desde 1994, pôs dúvidas sobre o fim do ciclo de alta da Selic.
Publicidade
“A alta do IPCA também veio acima das expectativas do mercado, que esperava +1,35% no mês, após alta de +1,01% em fevereiro”, afirma a Nord Research, em newsletter. “Esses números acima do esperado fazem o mercado começar a rever as projeções para a inflação.”
A Genial também vê o número com preocupação. “Vemos uma inflação mais persistente e disseminada entre as categorias, sem alívio da pressão sobre bens industriais, enquanto a inflação de serviços já retornou para o patamar histórico de 6% a.a.”, explicam Eduardo Ferman, Yihao Lin e José Marcio Camargo, especialistas da casa, em relatório.
Após a interrupção, os papéis prefixados voltaram com retornos 0,20 ponto percentual maiores do que os registrados na sessão anterior. O prefixado para 2025 pagava 12,07% de rendimento anual, o maior patamar no mês. Nos títulos IPCA+, a maior alta é registrada nos vencimentos para 2035 e 2045, que passaram a oferecer 5,55% de juro real, ante os 5,43% oferecidos na última sexta (8).
É importante lembrar que quando as expectativas para os juros sobem, os títulos prefixados e híbridos perdem valor. Isso quer dizer que, se vendidos antes do vencimento, podem gerar prejuízos ao investidor. Nos últimos 12 meses, o Tesouro IPCA+ 2045 cai 15,45%. Já o prefixado com juros semestrais para 2031 cai 2,45%.
Publicidade
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador