Publicidade

Mercado

Na contramão do Ibovespa, 5 ações não acompanham alta da Bolsa

Ibovespa já valorizou 57,36% desde março, mas há papéis no negativo no período

Na contramão do Ibovespa, 5 ações não acompanham alta da Bolsa
Unidade do Atacadão. Foto: Eugenio Goulart
O que este conteúdo fez por você?
  • Ibovespa já se valorizou 57,36% desde seu maior tombo, mas nem todas as ações acompanharam o movimento de alta do índice
  • Três papéis têm variação negativa ou quase não variaram e dois subiram menos que 5%
  • A maior parte dos papéis tem desempenho ruim agora porque não foi tão abalada no momento do tombo do Ibovespa

Enquanto algumas ações aproveitaram a alta recente do Ibovespa e até conseguiram dobrar seu crescimento em relação ao índice, outros papéis foram na contramão deste movimento. Desde seu patamar mais baixo, no dia 23 de março, aos 63.569 mil pontos, o Ibovespa já valorizou 57,36% e encerrou a última sexta-feira (10) aos 100.031 mil pontos.

Apesar disso, das 75 ações que compõem o Ibovespa, 42 delas tem o desempenho inferior ao índice no mesmo período. Dessas, três têm variação negativa ou praticamente zerada: Atacadão (CRFB3), Raia Drogasil (RADL3) e Pão de Açúcar (PCAR3). Outras duas – Vivo (VIVT4) e Embraer (EMBR3) – subiram só 5%. (Confira o ranking no final da reportagem)

O E-Investidor conversou com especialistas para explicar por que os papéis tiveram o desempenho tão abaixo do Ibovespa no período. A maioria, na verdade, não subiu agora porque não foi tão abalada pela crise. Ou seja, esses papéis não haviam se desvalorizado na depressão de março.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“São empresas que não foram tão impactadas e como não caíram muito, também não subiram”, diz José Francisco Cataldo, head de research da Ágora Investimentos.

Ações desvalorizadas ou zeradas

Desde o dia 23 de março são a do Atacadão (CRFB3), Raia Drogasil (RADL3) e Pão de Açúcar (PCAR3), são as ações com o pior desempenho.

Os especialistas explicam que os negócios destas empresas foram menos impactados durante o pico da pandemia. Assim, os papéis não tinham o que recuperar e, por isso, estão com o desempenho ruim mesmo com o bom momento do Ibovespa. “Enquanto a Bolsa derretia eles caíram muito pouco ou até estavam positivos”, diz Rafael Cota Maciel, gestor de renda variável da AF Invest.

Segundo Cataldo, da Ágora, quando o mercado se deu conta de que a crise iria passar antes do previsto e voltou a subir, essas ações ficaram para trás, pois não tinham o que recuperar. “Elas ficaram travadas sem um grande motivo”, afirma Cataldo.

Portanto, o desempenho dessas ações nos últimos meses não significa que estejam em um mau momento. “A grande recuperação aconteceu nos papéis que caíram com mais intensidade”, diz Maciel.

Publicidade

Enquanto o Ibovespa tinha queda 45,03% do começo do ano até o dia 23 de março, o Atacadão (CRFB3) tinha baixa de -2,36%, a Raia Drogasil (RADL3) alta de 2,92% e o Pão de Açúcar (PCAR3) desvalorização de -17,38.

O desempenho delas desde então até a sexta-feira (10) era, respectivamente, de -9,86% (CRFB3), -3,57% (RADL3) e -0,77% (PCAR3).

Papéis com baixa valorização

Entre as ações que subiram menos de 5%, a avaliação é parecida. Em relação à Vivo (VIVT4), os especialistas afirmam que a empresa sofreu bem menos no auge da crise em comparação com a maioria das ações listadas no Ibovespa. Além disso, a companhia de telefonia atua em um setor muito previsível e dificilmente terá grandes altas sem informações muito positivas.

“A ação da Vivo não tem muito volatilidade e só sobe ou desce muito com uma notícia muito importante”, afirma Maciel.

Com isso, o gerente da AF Invest lembra que a Vivo também é uma empresa que deu continuidade ao seu serviço durante a pandemia e acabou virando menos que o índice. “Ela tem um negócio muito sólido e sua variação é mais previsível que o índice no geral”.

Publicidade

Enquanto o Ibovespa caía 45,03% até o dia 23 de março, a queda das ações da Vivo (VIVIT4) eram apenas de 15,37%. Desde então seu papel tem o valorização de 3,56%.

No caso da Embraer (EMBR3), o baixo desempenho é puxado pelo cancelamento do acordo com a Boeing, de acordo com os especialistas. “Por causa da perspectiva pior, sem o acordo, ela ficou para trás e não conseguiu acompanhar a grande retomada das outras empresas do setor aéreo”, diz Maciel, da AF Invest.

“A falha de negociação deixou a Embraer em uma situação mais complicada e impediu o crescimento”, concorda Cataldo, da Ágora.

Desde o dia 23 de março até a sexta-feira (10), as ações da Embraer (EMBR3) tinham alta de 4,13%.

As 5 ações com o pior desempenho desde o maior tombo da B3

Empresa Cotação 23/03 Cotação 10/07 Variação
Atacadão (CRFB3) R$ 22,41 R$ 20,20 -9,86%
Raia Drogasil (RADL3) R$ 114,70 R$ 110,60 -3,57%
Pão de Açúcar (PCAR3) R$ 71,25 R$ 70,70 -0,77%
Vivo (VIVT4) R$ 47,17 R$ 48,85 3,56%
Embraer (EMBR3) R$ 7,74 R$ 8,06 4,13%

Fonte: Estadão/Broadcast

Publicidade

Nossos editores indicam este conteúdo para você investir cada vez melhor:
As 8 ações que cresceram o dobro do Ibovespa após tombo da B3

Web Stories

Ver tudo
<
IPVA 2025: SP divulga datas de pagamento e descontos; confira
Pagamento de boleto via Pix: quando chega e como funciona a novidade?
3 receitas econômicas que vão salvar seu orçamento no fim do mês
Verão 2025: aqui está o segredo para viajar sem estourar o orçamento
Multa por dedo do meio? Descubra valor na nova punição por gestos obscenos ao volante
Quer gastar menos no açougue? Estas carnes são a solução
Passo a passo para saber se eu ganhei o sorteio da Nota Fiscal Paulista deste mês
Isenção do IR até R$ 5 mil pode aumentar seu salário; veja a partir de quando
15 doenças que dão direito a auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
IPVA 2025: como saber se meu carro é isento?
Esqueça a picanha! Este é o corte econômico que está roubando a cena nos churrascos brasileiros
Vinhos: confira 5 espumantes “no precinho” para comemorar o ano-novo
>