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- José Mauro Ferreira Coelho é o terceiro CEO da Petrobras demitido por Bolsonaro por causa dos preços dos combustíveis
- As ações da Petrobras caminham para registrar a pior sessão desde fevereiro de 2021
- Os papéis da estatal acumulam alta de 48% neste ano
As ações da Petrobras na bolsa de Nova York despencavam perto de 12% no pré-mercado, para US$ 14,36, depois que o presidente Jair Bolsonaro trocou novamente o CEO da estatal, a segunda mudança na liderança em dois meses.
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José Mauro Ferreira Coelho é o terceiro CEO da Petrobras demitido por Bolsonaro por causa dos preços dos combustíveis, o que aumentou a preocupação de analistas com interferência do governo na companhia.
Caio Mario Paes de Andrade, um alto funcionário do Ministério da Economia, foi indicado para substituir Coelho.
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A demissão veio após a empresa ter se recusado a vender combustíveis com desconto aos consumidores, alertando que isso levaria à escassez de diesel, segundo apurou a Reuters.
As ações da Petrobras caminham para registrar a pior sessão desde fevereiro de 2021, quando caíram 21% depois que o então CEO Roberto Castello Branco foi deposto.
Os papéis da estatal acumulam alta de 48% neste ano.
Os investidores provavelmente verão a mudança como uma intervenção direta relacionada ao preço do combustível no Brasil, disse o JPMorgan, em nota ao mercado.
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“O Sr. Coelho havia repassado um aumento no preço do diesel em seus 40 dias de mandato. Esperamos uma reação negativa ao anúncio das ações da Petrobras”, acrescentou.
Segundo o BTG Pactual, “embora a governança corporativa da Petrobras tenha evitado até agora interferências mais diretas, nós tememos que o verdadeiro teste ainda esteja por vir”.
“Em última análise, achamos que o novo CEO enfrenta uma difícil dilema: como preservar o próprio emprego seguindo as políticas da empresa e sem comprometer a disponibilidade de combustível do Brasil?”, afirmou o BTG Pactual.
O banco destacou que é importante seguir os preços internos na paridade de importação “para manter um abastecimento saudável de combustível para o país, que depende de importações e cuja oferta é suficiente para atender a demanda”.
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Para o Citi, a mudança “criar risco em torno de continuidade” da estratégia de longo prazo da Petrobras.