- O comunicado sobre a fragilidade financeira trouxe pânico aos investidores que seguem posicionados na varejista
- A preocupação também se estende para as gestoras de investimentos que possuem parte do seu patrimônio líquido alocado na companhia
- Segundo dados do TradeMap, o rombo de R$ 20 bilhões previsto no balanço da Americanas equivale ao valor de mercado da Magazine Luiza (MGLU3) ou das Lojas Renner (LREN3)
A “inconsistência” contábil no valor de R$ 20 bilhões no balanço da Americanas (AMER3) não afeta apenas os investidores pessoa física posicionados nesse ativo. Os fundos e gestoras de investimentos que seguem alocados na companhia também devem ser afetados com os impactos da fragilidade financeira da varejista, que foram anunciados nesta quarta-feira (11).
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Segundo levantamento de Einar Rivero, head comercial do TradeMap, com base nos dados do fim de setembro do ano passado (o mais atualizado até o momento), há fundos com quase 100% do seu portfólio presente em Americanas. É o caso do Colorado FIA, gerido pela Mandatto Gestão de Investimentos, que possui R$ 15,5 milhões de patrimônio. Desse total, 15,4 milhões estão alocados na Americanas (AMER3).
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Já o fundo de investimento Beau Soleil é o segundo do mercado com maior posição financeira na varejista. Ainda de acordo com os dados do TradeMap, dos R$ 78,2 milhões de patrimônio, R$ 22,1 seguem alocados em Americanas. O volume representa 28,3% dos recursos do produto financeiro.
O levantamento também selecionou as gestoras de investimento com as maiores posições financeiras. Ao olhar para esse recorte, a Moat Capital Gestão de Recursos está mais exposta à inconsistência contábil reportada pela Americanas. Segundo o TradeMap, a gestora possui 10% do seu patrimônio líquido posicionado na varejista.
O porcentual é o mais expressivo entre as gestoras de investimentos. A Távola Capital Gestão de Recursos, por exemplo, ficou em segundo lugar na lista das dez maiores gestores com posição financeira em Americanas. No entanto, apenas 7,7% do seu patrimônio está alocado na varejista.
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No entanto, em nota enviada ao E-Investidor, a Távola informou que não possui mais posição em Americanas (AMER3). Desde a divulgação dos resultados referente ao terceiro trimestre do ano passado, a gestora vinha reduzindo a sua posição na companhia, mas o resultado das eleições e a perspectiva de um cenário macroeconômico desafiador foram determinantes para o encerramento desse investimento. A Bogari Gestão de Investimentos também comunicou que não detém mais ações da varejista desde outubro de 2022.
Segundo o TradeMap, o rombo de R$ 20 bilhões no balanço da Americanas equivale ao valor de mercado da Magazine Luiza (MGLU3) ou das Lojas Renner (LREN3), que correspondem a R$ 20,20 bilhões e R$ 20,22 bilhões, respectivamente.
