A nova regra do índice de Basileia vai exigir mais capital do Banco do Brasil (BBAS3), o que será um dos motivos para o banco manter o payout (porcentual do lucro pago em dividendos aos acionistas) em 45%, em vez de uma alta do payout para 50%, afirmou o CFO do do Banco do Brasil, Marco Geovanne Tobias, em evento do AGF nesta quarta-feira (30).
“Temos uma nova decisão sobre Basileia e isso vai exigir muito capital do banco. Não temos previsão do que isso vai significar em termos de impactos. Em função disso, pelas nossas estimativas, analisamos que 45% é o correto e elevar o payout para 50% está fora de cogitação no momento”, afirmou Tobias durante o evento.
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A fala sobre a norma foi a exemplificação de um dos fatores do banco para manter o payout no patamar atual. O índice de Basileia é um indicador que mostra quanto do capital do banco está sendo utilizado para emprestar dinheiro.
Nos bastidores da palestra, o CFO contou ao E-Investidor que a nova medida do basileia deve entrar em vigor 2 de janeiro de 2025. Questionado pelo E-Investidor sobre quanto do capital do banco seria consumido e os impactos sobre os dividendos do Banco do Brasil com nova medida, o executivo disse que não comentaria o assunto no momento, mas deu uma previsão de anúncio.
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“Devemos anunciar sobre o impacto no capital do banco na divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2024. Vamos falar agora em novembro já meio que tentando trazer um acordo com o mercado”, afirmou o executivo. Ou seja, a decisão final sobre os impacto na nova regra do BC sobre o Banco do Brasil (BBAS3) pode sair nos próximos dias. Já a decisão sobre a manutenção do payout de dividendos sai apenas no começo do próximo ano, visto que a companhia solta fato relevante no começo de cada ano sobre esse ponto.