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Itaúsa (ITSA4) é ação preferida dos investidores; entenda os motivos

Levantamento compara carteiras de investidores com até R$ 50 mil investidos e aqueles com mais de R$ 100 mil

Itaúsa (ITSA4) é ação preferida dos investidores; entenda os motivos
Itaúsa (ITSA3, ITSA4) paga JCP na sexta-feira (25); veja valores. (Foto: Shutterstock)
  • Um levantamento realizado pelo TradeMap faz um comparativo entre as 20 ações mais compradas por investidores com carteiras de até R$ 50 mil e aqueles que têm mais de R$ 100 mil investidos
  • As ações da Itaúsa (ITSA4) são as preferidas dos investidores brasileiros, independentemente do tamanho da carteira
  • Na outra ponta, papéis como Magazine Luiza (MGLU3) e IRB Brasil (IRBR3) marcam as diferenças entre os portfólios

Um levantamento realizado pelo TradeMap e cedido com exclusividade ao E-Investidor mostra que as ações da Itaúsa (ITSA4) são as preferidas dos investidores brasileiros, independentemente do tamanho do portfólio.

O estudo faz um comparativo entre as 20 ações mais compradas por investidores com carteiras de até R$ 50 mil e aqueles que têm mais de R$ 100 mil investidos. Foram analisadas, em 31 de outubro, as carteiras de 242.180 clientes do TradeMap. E a holding aparece em primeiro lugar em ambas as listas.

“Independentemente do perfil, o investidor brasileiro entende que a holding é uma boa opção de investimento, muito em função da exposição que tem ao maior banco da América Latina (Itaú-Unibanco) e da diversificação de suas operações”, pontua Jader Lazarini, analista CNPI do TradeMap.

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As ações da Itaúsa aparecem, inclusive, em seis das 12 carteiras de bancos e corretoras para ganhar dividendos em novembro. Até a quarta-feira (9), a ITSA4 era cotada a R$ 10,17, com alta acumulada de 17,44% em 2022. 

No comparativo entre os dois tipos de portfólio, os ativos da holding são a escolha de 46% dos investidores com até R$ 50 mil alocados, frente a 56% daqueles com mais de R$ 100 mil alocados – o que já indica, segundo Lazarini, como os investidores de menor patrimônio diversificam mais a carteira.

Outro exemplo disso são as ações do Banco do Brasil (BBAS3). Esses papéis têm uma diferença de 22 pontos porcentuais na comparação entre os portfólios: é a terceira opção dos “pequenos”, presente em 26,5% das carteiras, enquanto é o segundo lugar na lista de preferência dos “grandes”, em 48,8%.

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E as diferenças não param por aí. Investidores com mais de R$ 100 mil em carteira concentram os aportes em empresas mais consolidadas. Além do Banco do Brasil, as ações de Petrobras (PETR4), EDP (ENBR3), Vale (VALE3) e Bradesco (BBDC4) são mais demandadas por esse público. Exemplos de ações que têm menor volatilidade e pagam bons dividendos, mostrando um viés menos arriscado dos investidores com maior capital alocado.

Entre os investidores de menor capital, quem ganha o segundo lugar na lista são as ações da Magazine Luiza (MGLU3), que são apenas o nono lugar na preferência dos “grandes”. "A alta exposição na empresa por investidores com menos capital é um sintoma de que há uma busca incessante por aumento do patrimônio em detrimento da renda passiva”, explica Lazarini. “O tal do 'caiu, comprou' se faz valer entre os compradores de Magalu, embora as ações da companhia tenham recuado 58% nos últimos 12 meses e as perspectivas continuem negativas", reforça.

As ações do IRB Brasil (IRBR3) também são um ponto de divergência entre os dois tipos de investidores. Uma em cada quatro carteiras com mais de R$ 100 mil investidos tem o ressegurador entre as papéis. Na relação daqueles com menor capital aportado, a participação é pouco maior que 14%.

"O que pode explicar é o fato de que, até três anos atrás, o IRB Brasil era um sólido caso de geração de valor, com alta rentabilidade sobre patrimônio em um setor supostamente perene, o que não se provou ser verdade. Ainda há quem acredite, mas o ativo não chama muita atenção de quem entrou há pouco tempo na Bolsa e só vê as ações da companhia caírem", pontua o analista do TradeMap.

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