Publicidade

Mercado

Por que Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3) e IRB Brasil (IRBR3) tiveram os piores desempenhos da semana na Bolsa

Veja os três papéis registraram as maiores quedas na B3 na semana de 13 a 16 de outubro

Por que Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3) e IRB Brasil (IRBR3) tiveram os piores desempenhos da semana na Bolsa
Cogna Educação (Crédito: Arquivo Estadão)
O que este conteúdo fez por você?
  • As três ações que mais perderam preço na semana de 13 a 16 de outubro foram Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3) e IRB Brasil (IRBR3)
  • O desempenho fraco de Cogna e Yduqs é reflexo das perspectivas desanimadoras do setor de educação, sob o qual paira a ameaça de uma segunda onda de covid-19
  • IRB ainda sente os efeitos da divulgação do relatório do UBS BB, que rebaixou o preço-alvo da ação

O Ibovespa hoje perdeu a carona do dia majoritariamente positivo na Europa e em Nova York, onde dados favoráveis sobre o varejo e a confiança do consumidor americano contribuíram para que Wall Street interrompesse perdas que haviam se estendido por três sessões. O índice fechou o dia com perda de 0,75%. Na semana, porém, houve ganho de 0,85% e, no acumulado de outubro, o avanço é de 3,92%.

Na B3, mesmo com o estrangeiro de volta às compras até o dia 14 de outubro, acabou por prevalecer nesta sexta-feira o temor sobre a situação fiscal, que desperta a atenção do mercado para os vencimentos do Tesouro no primeiro quadrimestre de 2021. A percepção começa a ser de que o BC precisará elevar os juros para atrair interesse ao financiamento da dívida.

“Seria interessante se o Copom, na próxima reunião, desse sinal sobre a possibilidade de aumento da Selic, apesar da tranquilidade que tem mostrado sobre a inflação. A taxa de juros para janeiro de 2022 estava hoje em 3,4% ou 3,5%. Esta Selic a 2% não está servindo para muita coisa”, diz Marcelo Serrano, sócio-gestor da União Investimentos.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Mauro Morelli, estrategista da Davos Investimentos, diz que a questão fiscal é acompanhada de perto tanto pelo investidor doméstico, que hoje tem participação muito maior no financiamento da dívida, como pelo estrangeiro. “O cenário tem se deteriorado e a dívida caminha para 100% do PIB. A inflação, mesmo sem ter decolado de forma preocupante, traz um desconforto no descasamento entre IGP-M e IPCA. O BC deve elevar a Selic no segundo semestre de 2021 ou até antes, no segundo trimestre”, diz.

A perspectiva de Morelli, contudo, é positiva para o Ibovespa, que pode retomar os 110 mil pontos em horizonte de três a seis meses, em movimento acompanhado por volatilidade. Nas próximas semanas, fatores de risco externos, como a segunda onda de covid-19 na Europa e especialmente o desenlace da eleição americana, continuarão a exigir atenção e cautela. “Saímos dos 94 mil para os 98, 99 mil, mas tem faltado força. Há um aumento de aversão aos emergentes como um todo, não só com o Brasil.”

No balanço da semana, quem levou a pior foram os papéis de Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3) e IRB Brasil (IRBR3). Confira o que afetou o desempenho de cada um deles.

Cogna (COGN3): -8,00%
Yduqs (YDUQ3): -5,70%

A semana foi desfavorável para o setor de educação. Assim como o segmento de viagens e turismo, as empresas de educação são impactadas pela segunda onda do coronavírus na Europa e a interrupção dos testes para aprovação da vacina da Johnson & Johnson, uma vez que esse setor depende da superação da pandemia. Nesse contexto, as maiores baixas do Ibovespa no período foram de Cogna e Yduqs.

Gabriel Mota, operador de renda variável da RJ Investimentos, diz que as perspectivas para o setor ainda são muito ruins e, com o registro de novos casos de covid-19 na Europa e volta das medidas de restrição social, o investidor pode estar precificando algo semelhante por aqui. Já Bruno Madruga, sócio da Monte Bravo Investimentos, observa que a perspectiva de atraso na volta às aulas presenciais no ensino superior também impacta os ativos.

Publicidade

Em entrevista ao Broadcast na semana passada, o sócio de auditoria e líder do setor de Educação na KPMG no Brasil, Marcos Boscolo, afirmou que o investidor estrangeiro ainda tem receio de investir em educação no País, destacando a “regulação muito forte pelo governo”.

IRB Brasil (IRBR3): -5,43%

O papel sofre com perdas expressivas desde semana passada, quando o UBS BB retomou a cobertura do ativo recomendando venda e rebaixando o preço-alvo para R$ 4,60 – valor que representava potencial de baixa de 47% sobre o preço do fechamento na véspera.

A publicação do relatório fez IRBR3 cair 17,11% na terça (6) e 10,18% na quarta (7); na quinta (8), fechou em alta de 20,19%, mas voltou a cair na sexta (9), com baixa de 7,24% e recuo de 11,25% na semana.

Ontem (15), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um procedimento para apurar denúncia feita por um investidor contra o UBS BB, apontando conflito de interesses no relatório.

*Com Estadão Conteúdo

Publicidade

Web Stories

Ver tudo
<
O que fazer para receber a restituição do IR antes?
Bitcoin a US$ 1 milhão? Entenda porque investidores acham isso possível
“É uma loucura”: entenda a ousada proposta de Trump para o bitcoin
Nota de “zero” Euro? Elas existem e há até uma brasileira
Conheça o substituto do ar-condicionado com consumo de energia até 5 vezes menor
Como evitar que as festas de final de ano arruínem seu planejamento de 2025
Economia doméstica: o que é e como usar no dia a dia para ter mais dinheiro
5 livros recomendados por Bill Gates para ler ainda em 2024
É possível antecipar o seguro-desemprego? Descubra
Se ninguém reivindicar, o governo leva: entenda o que é a herança vacante
Seu Bolsa Família atrasou? Descubra o que fazer
Este truque simples pode te fazer economizar definitivamente em 2025
>