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Ideal recebe aporte de R$ 100 mi e entra na corrida das plataformas de investimentos

O aporte foi liderado pelo Kaszek Ventures e representa a maior captação da América Latina em Series A

Ideal recebe aporte de R$ 100 mi e entra na corrida das plataformas de investimentos
De acordo com o FMI, cerca de 100 países estão em diferentes estágios de estudo de moeda digital própria. Foto: Pixabay
  • Novata no mercado, a corretora Ideal recebeu um aporte recorde em Series A na América Latina, no valor de R$ 100 milhões, liderado pela Kaszek Ventures
  • Os recursos servirão para ampliar a oferta no mercado de investidores institucionais, segmento em que a Ideal já é forte, e expandir a atuação para o varejo
  • Um dos diferenciais da corretora, além da grande integração tecnológica, é ser “agency only”, ou seja, não operar carteira própria e evitar conflito de interesses

Novata no mercado, a corretora Ideal já acumula alguns grandes feitos desde a sua fundação em fevereiro do ano passado. No primeiro semestre de 2020, por exemplo, se tornou líder em volume de contratos de derivativos e quinta maior do País no segmento de ações. Agora, a companhia anuncia nesta segunda-feira (21) um aporte de R$ 100 milhões, a maior captação em Series A (primeira rodada de investimentos com fundos de venture capital) obtida por uma fintech na América Latina.

A rodada foi liderada pelo Kaszek Venture, fundo formado por ex-sócios do Mercado Livre (MELI34), por uma participação minoritária na corretora. A transação está em aprovação pelo Banco Central e, apesar do valor recorde, essa não foi a maior proposta recebida pela Ideal. “Não estávamos atrás do maior cheque, mas da qualidade da injeção de dinheiro, conhecimento e alinhamento de culturas, processos e pessoas”, diz Nilson Monteiro, CEO da corretora.

Além de expandir a oferta no mercado de clientes institucionais (fundos, seguradoras, family offices e bancos), em que a Ideal já possui forte posicionamento, os recursos também serão destinados para um novo desafio: ampliar a atuação para investidores de varejo – a escolha pelo Kaszek Venture foi uma peça importante na maturação desse projeto.

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“Fomos provocados nos últimos trimestres por parceiros interessados em utilizar da nossa tecnologia para servirem uma base crescente de clientes de varejo, então vamos fornecer essa infraestrutura de acesso ao mercado de capitais”, afirma Monteiro. “A entrada da Kaszek vai trazer, além do dinheiro, a expertise de como escalar, crescer e criar um marketplace para atender a esse mercado de pequenos investidores.”

Um dos clientes parceiros que vai utilizar a tecnologia da Ideal para disponibilizar acesso à Bolsa de Valores é a plataforma de investimentos Guru. Segundo Monteiro, fora a fintech, há pelo menos mais uma dezena de empresas com interesse em entrar no mercado de serviços financeiros por meio da infraestrutura tecnológica da Ideal.

Para Lucas Cury, COO da Ideal, a experiência do time é um diferencial que viabilizou o crescimento acelerado. “Apesar da corretora ter pouco tempo de vida, não somos uma empresa de pessoas inexperientes”, afirma. “A maioria dos colaboradores já se conhece há pelo menos 10 anos. Todo mundo aqui já tem cabelo branco e muita bagagem de mercado.”

Sem distração

Uma das características mais atribuídas à Ideal – e que fez a corretora abocanhar uma boa parcela do mercado em menos de dois anos de funcionamento – é a automatização dos serviços. Um modelo 100% digital, que substitui operações de compra e venda de ativos ainda feitas via telefone e facilita a entrada de novos investidores no mercado de capitais. De acordo com Cury, outra questão é igualmente importante para a empresa: o foco total no cliente.

A Ideal traz a proposta de ser ‘agency on-line’, ou seja, não opera carteira própria e foge dos conflitos de interesse. “Entendemos que essas operações proprietárias desalinham o interesse da corretora no cliente. O primeiro ponto da Ideal é ser uma empresa para cliente e isso não deve mudar”, diz Cury. Não há também interesse em dividir a atenção com outras atividades, como produção de conteúdo.”

Na visão de Monteiro, o mercado de serviços financeiros para pequenos investidores está muito concentrado na mão de poucos players. “Nós mapeamos que há formas diferentes, melhores e sem conflitos, para oferecer serviços e produtos para o varejo”, afirma. “Acreditamos que uma corretora vive de corretagem, provemos acesso aos produtos e cobramos um valor pelos serviços prestados, de maneira transparente”, conclui.

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